Passo a explicar. Para tal, servir-me-ei das palavras de Fernando Savater, filósofo e grande pedagogo espanhol, no seu livro "O Valor de Educar" [pp.52-54]. São elas que melhor dirão dos objectivos & intenções deste blogue. Ei-las:
«Em linhas gerais, a educação, orientada para a formação da alma e para a transmissão do respeito pelos valores morais e patrióticos foi sempre considerada de um nível superior ao da instrução, destinada a dar a conhecer competências técnicas ou teorias científicas. (...)
Em contraposição, educação versus instrução, parece hoje notavelmente obsoleta e bastante enganadora. (...). Sucede ainda que separar a educação da instrução se mostra não só indesejável, mas igualmente impossível, uma vez que não se pode instruir sem educar e vice-versa. Como poderemos transmitir valores morais ou de cidadania sem recorrermos a informações históricas, sem termos em conta as leis em vigor e o sistema de governo estabelecido, sem falarmos de outras culturas e países, sem reflectirmos, por elementarmente que seja, sobre a psicologia e a fisiologia humanas ou em empregarmos algumas noções de informação filosófica? E como poderemos instruir alguém em matéria de conhecimentos científicos, se não lhe inculcarmos o respeito por valores tão humanos como a verdade, a exactidão ou a curiosidade?». Ah e também de Pitágoras «eduquemos as crianças e não será necessário castigar os homens»

Coragem... pequeno soldado do imenso exército. Os teus livros são as tuas armas, a tua classe é a tua esquadra, o campo de batalha é a terra inteira, e a vitória é a civilização humana" (Amicis, Edmondo in Cuore)

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

ENSINO&EDUCAÇÃO: comportamentos

As dificuldades de aprendizagem e indisciplina de muitas crianças resultam de "um sofrimento emocional acentuado", alerta a Direção Geral da Saúde (DGS), no relatório do Programa Nacional de Saúde Escolar, feito no letivo 2014/2015 e recentemente apresentado. Preocupada com o problema, a promoção da saúde mental passou a ser "o eixo central da intervenção da Saúde Escolar". Para saber mais, clicar AQUI.

O psicólogo educacional José Morgado defende que os professores e os pais devem estar atentos aos sinais das crianças, como a agitação, desmotivação e as dificuldades de sono. Para saber mais, clicar AQUI.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

inPRENSA: 'mannequin challenge'

O ano 2016 foi o princípio do fim do sistema educativo tal como conhecemos; 2017 será apenas a continuação dessa destruição. Em 2016 rasgou-se o mapa que nos guiou durante anos; em 2017 continuaremos a ser conduzidos sem luzes. Para saber mais clicar AQUI

sábado, 17 de dezembro de 2016

ENSINO: O ranking 2016 do (in)sucesso dos nossos alunos. Assim está a Educação.

Já viu os rankings das escolas, divulgados na madrugada de sábado? Se ainda não viu, espreite a lista. Aqui temos um mapa interativo de todas as escolas básicas e aqui todas as escolas secundárias. E se der um salto aqui, tem o retrato das médias nos exames em cada concelho do país.




Consulte o "ranking" das escolas portuguesas do 3.º Ciclo e do Secundário, elaborado de acordo com os critérios definidos pelo "Jornal de Notícias", e leia a análise e as reportagens na versão e-paper ou na edição impressa ou ainda clicando AQUI.




Já são conhecidos os indicadores do desempenho dos alunos do 9º ano e do secundário, quer do ensino público quer do privado. Conheça, clicando AQUI as principais conclusões e comparações que podem ser feitas com os resultados.




Exames. Academia de Santa Cecília, de Lisboa, sobe ao primeiro lugar. Número de escolas com média positiva volta a subir. Para saber mais, clicar AQUI.




Pelo segundo ano consecutivo, o Ministério da Educação divulga indicador que confirma práticas de desalinhamento das notas. Catorze escolas repetiram prática nos últimos cinco anos. Para saber mais, clicar AQUI.




No ranking das melhores escolas, a Renascença considera apenas as escolas onde se realizaram 100 ou mais exames no conjunto dos oito mais concorridos (Matemática A, Matemática aplicada às Ciências Sociais, Português, Biologia e Geologia, Física e Química, História, Filosofia e Geografia), tendo por base dados divulgados pelo Ministério da Educação, tratados pela universidade Católica para o jornal "Público". Para saber mais, clicar AQUI.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

FORMAÇÃO&EDUCAÇÃO: Papa Francisco aos jovens (6)


Mensagens para os jovens e também para adultos:




* Natal é alegria, alegria religiosa, alegria interior de luz e de paz. Quem não consegue viver esta alegria, vive a festa com uma alegria simplesmente mundana. Não é a mesma coisa.

* No rosto do Menino Jesus contemplamos o rosto de Deus: Vinde, adoremos!

* A nossa fé tem algo para dizer a um mundo que caminha nas trevas e nas sombras da morte. Tem a dizer que Deus é amor.

* Não tens o dom da fé? Não desanimes. Deus ama-te. Deixa-te olhar por Ele. E basta.

* É muito triste ver uma juventude frágil, incapaz de rejeitar numerosas de baixo preço. É necessário que os jovens aprendam a redescobrir a coragem da fidelidade, da alegria e da sobriedade.

* O Evangelho não se anuncia com condenações. O Evangelho anuncia-se com doçura, com fraternidade, com amor.

* A vida cristã deve ser isto: um diálogo com Jesus, porque Ele está sempre connosco, com os nossos problemas, com as nossas dificuldades, com as nossas obras.

domingo, 11 de dezembro de 2016

EDUCAÇÃO: "Se quer filhos mais confiantes, siga estas 18 dicas" & "Como educam os pais mais felizes do mundo?"

Psicólogo explica que para criar crianças mais confiantes há 18 coisas que os pais devem fazer. A confiança é um dos maiores presentes que um pai pode dar ao seu filho. Mas pode não ser uma tarefa fácil…e para saber mais, clicar AQUI

Há cerca de 40 anos que os dinamarqueses são considerados o povo mais feliz do mundo. Segundo as autoras de um novo livro, o segredo está na forma como as crianças são educadas. Curioso/a? Então clicar AQUI

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

inPRENSA

É o melhor sistema de ensino do mundo, tendo conseguido o primeiro lugar em todas as áreas avaliadas pelo PISA (Matemática, Ciências e Leitura). Não se trata da Finlândia, mas de Xangai, onde é comum...Para saber mais clicar AQUI


Portugal conseguiu pela primeira vez resultados "significativamente superiores" à média da OCDE nos testes PISA em ciências e leitura, afirma o Instituto de Avaliação Educativa face aos dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico hoje divulgados. Para saber mais, clicar AQUI e AQUI. Conheça um dos responsáveis, clicando AQUI

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

FORMAÇÃO&EDUCAÇÃO: Papa Francisco aos jovens (5)

Mensagens para os jovens e também para os adultos:

* Jesus veio ensinar-nos um caminho, uma estrada que se deve percorrer com Ele. Esta é a nossa alegria: caminhar com Jesus.

* Para fazer a paz na família, não é necessário chamar as Nações Unidas. É suficiente uma carícia, um sorriso...E amanhã começar de novo.

* O Espírito Santo faz-nos olhar para os outros de modos novo, vendo-os sempre como irmãos e irmãs que temos de respeitar e amar.

* Vivemos numa sociedade que exclui Deus do seu horizonte. E isso, narcotiza o coração.

* A misericórdia divina é uma grande luz de amor e de ternura, é uma carícia de Deus sobre as feridas das nossas falhas.

* A  Confissão não é uma câmara de tortura, mas uma festa para comemorar o dia do Baptismo.

* Há muitas coisas na vida que causam sofrimento. Mas o que mais custa na vida é a falta de amor, é não receber um sorriso, é não ser querido.

* A vida é um caminho. Partir e caminhar juntos, de mãos dadas, entregando-se na mão grande do Senhor.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

ENSINO: "Pra que serve a matemática?" & "Porque me apaixonei por matemática"


Com um humor cativante, o matemático Eduardo Sáenz de Cabezón responde uma questão que tem quebrado a cabeça de estudantes no mundo todo: "Pra que serve a matemática?" Ele revela a beleza da matemática como a espinha dorsal da ciência e mostra que os teoremas são eternos, e não os diamantes. Para saber mais, clicar AQUI



Rogério Martins é o autor e apresentador do programa 'Isto é matemática' na SIC Noticias, recentemente nomeado para um prémio da Sociedade Portuguesa de Autores, na categoria de Melhor Programa de Entretenimento em Televisão. É também a voz dos vídeos da Khan Academy Portugal, cuja tradução está a ser apresentada pela Fundação Portugal Telecom. Doutorado em matemática, é professor e investigador na Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade Nova de Lisboa. Diretor da revista da Sociedade Portuguesa de Matemática e autor de vários artigos publicados em revistas científicas de topo, tem-se igualmente dedicado à divulgação científica junto do público em geral. Foi considerado, pelo jornal Expresso, um dos 100 portugueses mais influentes de 2012.
. | Rogério Martins | TEDxYouth@Leiria  AQUI

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

FORMAÇÃO&EDUCAÇÃO: Papa Francisco aos jovens (4)

Mensagens para os jovens e também para os adultos:








* Os jovens têm uma especial sensibilidade perante a injustiça e a corrupção. A todos os jovens eu digo que não desanimem, não deixem apagar a esperança.




* A vida acrescenta-se, dando-a. Enfraquece-se no isolamento e na comodidade. E amadurece todas as vezes que damos aos outro.




* O crucifixo não nos fala de derrota, de fracasso. Fala-nos de um a mor que vence o mal e o pecado.




* A Igreja não é uma loja ou uma organização humanitária. Ela é enviada a levar a todos, Jesus e o seu Evangelho.




* Deus entra nas nossas misérias, aproxima-se das nossas chagas e cura-as com as Suas mãos. E, para ter mãos, fez-se homem.


* Para compreender o mistério da salvação é necessário pôr-se de joelhos, rezar e contemplar.


* Não deixeis que vos roubem a identidade cristã. Acolhei os Sacramentos e sede sinal do amor de Deus para com todos.


* A meta final é o encontro com Deus. Ele quer restaurar-nos, purificar-nos, elevar-nos, santificar-nos e dar-nos a felicidade que o nosso coração anseia.

domingo, 6 de novembro de 2016

ENSINO: a propósito de notícias&"TPC's"

A propósito de duas notícias. Uma mais antiga AQUI do Público e a outra muito recente, vindo dos nossos vizinhos espanhóis (clicar AQUI) eu direi que, como em tudo, é uma questão de bom-senso e de que «nem oito nem oitenta».


À notícia "Estudo comprova: mais TPC não significa maior sucesso escolarAQUI na RR, parece evidente que importa mais a qualidade do que a quantidade. Passa também, por uma questão de método de trabalho. Ou não?
Mais assertiva e certeira é a opinião deste pai que AQUI se confessa. E bem, pois como escreve «Os trabalhos de casa, desde que moderados e adequados, estimulando tarefas simples e criativas, são um fator importante para que um aluno crie hábitos de estudo. Hábitos esses que não nascem de forma espontânea e que mais tarde, no percurso escolar, vão fazer-lhe falta. São um meio de ganhar autonomia, de aprender a fazer pesquisa, de envolver os pais ou irmãos mais velhos quando necessário.» que, mais adiante, acrescenta «Mas discutir isso, claro, dá muito mais trabalho do que criticar e pedir para eliminar os TPC.». Pois, pois, dá trabalho a família sentar-se à secretária e com papel&lápis, elaborar o "Horário da Semana", que é por onde se deve começar. Depois é tudo uma questão de aplicação, adaptação, habituação, compreensão, vontade, e jeito de aprende-se a caminhar, caminhando - eu como profissional atento do ensino durante 35 anos, mais os 16 como estudante, sei do falo&escrevo.















sábado, 29 de outubro de 2016

ENSINO&EDUCAÇÃO: E os alunos?

Uma das coisas mais estranhas em Portugal é o que se passa na Educação. Entre a importância que se diz dar à Educação e a importância que realmente se dá, existe uma distância de dois oceanos e um continente. E isto é válido para pais, políticos e professores. Para saber mais clicar AQUI

terça-feira, 25 de outubro de 2016

FORMAÇÃO&EDUCAÇÃO: Papa Francisco aos jovens (3)

Mensagens para os jovens e também para os adultos:






* Jesus bate à porta do nosso coração. Será que temos nela afixado um cartãozinho que diz; "Não incomodar?".


* Seria belo se cada um de nós pudesse, ao fim do dia, dizer: hoje realizei um gesto de amor pelos outros.


* O homem que confia em si próprio e nas suas riquezas está destinado à infelicidade.


* Não guardeis a fé num cofre-forte. Partilhai-a com os outros através do testemunho e do acolhimento fraterno.


* Não façam da fé em Jesus um sumo. Existe sumo de laranja, de maçã e outros. Não bebam sumo de fé. A fé é sólida, não se liquefaz.


* Cada um de nós guarda no seu coração o anseio do amor, da beleza e da vida. E Jesus é tudo isso em plenitude.


* Acolhamos a Jesus na nossa vida, ocupemo-nos uns dos outro, respeitemos a criação com amor.


* A fé tira-nos do centro e põe no centro Deus. Ele inunda-nos com o seu amor, que nos dá segurança e esperança.


* Atirar comida para o lixo é como roubá-la à mesa dos pobres, dos famintos. Não à cultura do desperdício!

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

FORMAÇÃO&EDUCAÇÃO: Vinte presentes

No início deste ano lectivo, os pais deram aos filhos, o material escolar para mais um ano de estudo. Sugerimos aos pais que lhes ofereçam presentes que não custam dinheiro e são valiosos.


1- Manifestai diante dos vossos filhos o amor e a ternura que tendes um para com o outro.
2- Mesmo quando o trabalho é muito, tende algum tempo para estar com eles e os escutar.
3- Acostumai-os a cumprir horários, a obedecer a normas combinadas e assumidas.
4- Ajudai-os a que tenham bons amigos e participem em actividades de tempo livre.
5- Ensinai-os a viver modestamente, sem gastos supérfluos.
6- Quando praticam o mal, explicai-lhes bem a razão porque merecem um castigo.
7- Respeitai a sua intimidade, sobretudo quando já são adolescentes.
8- Dizei-lhes que gostais deles. Os filhos gostam de ouvir a frase "gosto de ti!"
9- Cuidai da vossa saúde pois para eles, que estão a crescer, sois muito importantes.
10- Ensinai-os a fazer as  inclusivamente, a cozinhar.
11- Estai atentos a qualquer sinal de medo, de ansiedade, de preocupação.
12- Elogiai-os sempre que fazem algo de bom ou conseguem superar alguma dificuldade.
13- Fazei simulacros em casa, para que saibam que fazer numa situação de incêndio.
14- Exemplificai como devem usar os ecopontos para meter o lixo.
15- Não procureis ser infalíveis. Se necessário, reconhecei os vossos enganos.
16- Vivei com serenidade e tranquilidade, para que eles vivam serenos e tranquilos.
17- Ensinai-os a reconhecer os seus erros, sem atirarem as culpas aos outros.
18- Perguntai-lhes todas as noites, com amizade, como correu o seu dia.
19- Dai-lhes o testemunho da alegria de serdes autênticos cristãos.
20- Nunca vos esqueçais do beijo de boa-noite, mesmo que já tenham adormecido.


in Cavaleiro da Imaculada, Outubro de 2016





quarta-feira, 19 de outubro de 2016

ENSINO: Profissão Professor

Os dias que (não) passam nas escolas 

Ana Luísa Melo   -  
O “pensar” dos professores

"Vinha cansada. Era a minha quarta e última aula da tarde, tinha sido exigente e a energia despendida imensa. A caminho da sala dos professores, o barulho e a agitação normais no intervalo de uma escola muito grande. 
Cheguei à sala dos professores, sentei-me e deixei-me ficar a descansar. Incapaz de conversar, incapaz de falar, fui recuperando o folego. Tocou. Os professores saíram e eu ainda fiquei.
São poucos os que sabem o esforço que faz um professor quando dá uma aula. O desgaste da profissão docente é muito específico. Ensinar e fazer aprender não são ações funcionais e mecânicas; são atividades em que a teoria e a ação prática se sustentam mutuamente num esforço muito empenhado e dirigido. 

Se por um lado, numa aula, existe uma atividade física intensa – anda-se imenso, fala-se muito, está-se muito tempo em pé, gesticula-se, dramatiza-se, a verdade é que existe um outro lado, menos visível para os que de um modo simplista e redutor olham para a docência: é que, enquanto desenvolvem todas estas atividades, os professores estão, também, a “pensar”. E o “pensar” dos professores é, igualmente, um esforço. 
Os pares sabem-no; mas, para grande parte das pessoas que levianamente olham para esta profissão, é um esforço que não se apresenta como tal. Para esses, esse esforço é inexistente. Não estou a referi-me ao tempo que as aulas levam – demoram e custam – a preparar. 

Não é a esse tempo (que também é muito) que me estou a referir. 
Estou a referir-me ao “pensar” enquanto se faz tudo o que antes referi, ao esforço do pensar “enquanto” a aula acontece. E tudo acontece quase em simultâneo. Uma aula é complexidade. É expor, raciocinar, recordar, mobilizar, estruturar, didatizar, selecionar, optar, facilitar, promover, exemplificar, ouvir, intuir, compreender, escutar, ponderar, conjugar, avaliar, ler, ditar…, um sem número de ações que, apesar de não serem visíveis ao simplismo do senso comum, são, verdadeiramente, muito exigentes. E são ações que, na sua consecução, convergem no espaço-tempo de uma só aula. 

Mas só aqueles que são professores o sabem tão bem. Sabem-no de “experiência feita”, de vida despendida, gasta em muitas salas de aula. Gasta-se tudo. Gasta-se de tudo ao mesmo tempo. E fica-se vazio quando nada se gastou. 
Quando isso acontece é porque a Aula não aconteceu."  



domingo, 16 de outubro de 2016

EDUCAÇÃO&FORMAÇÃO: Pensamentos

*   «Uma infância feliz é o melhor presente que os pais podem dar aos seus filhos» - M. CHOLMONDELEY




*   «Felizes de vós, jovens,  porque tendes ainda tanto tempo para fazer o bem» - FILIPE NÉRI




*   «É preciso ter um coração de criança com Deus, de mãe com o próximo e de juiz consigo próprio» - F. GOYARD




*   «O mais belo passeio que gostaria de fazer era o de conduzir, um dia, dez mil jovens ao paraíso» - S. JOÃO BOSCO




*   «Desejas ser feliz um instante? Vinga-te. desejas ser feliz toda a vida? Perdoa.» - LACORDAIRE

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

inPRENSA

A felicidade das crianças é contagiante e não há nada como o sorriso genuíno e espontâneo de um bebé ou a gargalhada sentida de um miúdo. A felicidade das crianças depende dos adultos, em particular dos pais, e há muito para fazer. Para saber mais, clicar AQUI


O neuropsicólogo espanhol Álvaro Bilbao defende que os ecrãs deviam estar vedados às crianças até aos três anos. Os estímulos rápidos e as recompensas imediatas dos tablets e dos smartphones matam a curiosidade, avisa. Para saber mais, clicar AQUI
Uma professora de Denver, no Colorado, deu aos seus alunos como trabalho de casa uma tarefa muito simples. Eles fizeram-na, e partiram-lhe o coração. Para saber mais, clicar AQUI





quarta-feira, 12 de outubro de 2016

FORMAÇÃO&EDUCAÇÃO: Papa Francisco aos jovens (2)

Mensagens para os jovens e também para os adultos:






* Vós, jovens, sois atletas de Jesus Cristo. Sois os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor.


* A pobreza não é miséria. Esta deve ser combatida. A pobreza é saber partilhar, ser mais solidário com quem está em necessidade.
* Sede alegres. Mas que o vosso sorriso não seja como o de uma hospedeira de bordo, mas que seja o sorriso da alegria que nasce de dentro.
* Seguir Jesus, quer dizer dar-lhe o primeiro lugar, despojando-nos de muitas coisas que sufocam o nosso coração.
* Não façais orações como papagaios, mas que seja feita com o coração e nos faz olhar para Jesus e escutar a sua palavra.
* A Igreja é como uma grande orquestra na qual existe variedade. Não somos todos iguais. É esta a sua beleza.
* Não tenho ouro nem prata para vos oferecer, mas algo de muito mais precioso, o Evangelho de Jesus.
* A sociedade tecnológica conseguiu multiplicar ocasiões de prazer, mas tem muita dificuldade em gerar alegria.
* Nunca percais a esperança. Quando a noite é mais escura é porque o Senhor Jesus, o sol da justiça, se aproxima.





segunda-feira, 10 de outubro de 2016

inPRENSA: Gostar da escola e ...

Antes de entrarem para o primeiro ano os meus filhos ansiavam começar a escola "a sério". Tenho fotografias de todos eles no seu primeiro dia de aulas exibindo sorrisos e mochilas novas orgulhosos por já serem crescidos. Depois, enfim, é a história que se conhece. Para saber mais, clicar AQUI.


Um novo estudo norte-americano descobriu que as crianças reagem melhor quando a televisão ou o tablet são desligados sem qualquer aviso prévio. Para saber mais, clicar AQUI

domingo, 9 de outubro de 2016

LIVRO&LEITURA: "Nós, os Pais"

Um novo livro desafiou seis homens portugueses a relatar a sua experiência de pais na primeira pessoa. Para conhecer o testemunho de Henrique Raposo, clicar AQUI.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

REFLEXÃO/ATENÇÃO/MEDITAÇÃO: O gosto amargo da agressão

Quando quem comete certas violências são jovens de 15 ou 16 anos, e até menos, parece claro que pais e mães devem questionar-se. Ter-se-á sido talvez demasiado condescendente com esta geração de filhos, muitas vezes únicos, a que se deu materialmente também demasiado? Um filho assemelha-se a um rio: precisa de uma direção e de duas margens. No domínio do relativismo absoluto alarga-se uma aura de incerteza sobre o que está bem e sobre o que está indiscutivelmente mal. Para saber mais, clicar AQUI

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

inPRENSA: Crianças sem Internet ficam com medo e ansiosas (e até os TPC fazem)

Uma experiência realizada pela psicóloga infantil Yekaterina Murashova observou o comportamento de um grupo de crianças norte-americanas que tiveram que passar um dia inteiro sozinhas e sem acesso à Internet e outras tecnologias atuais. Para saber mais, clicar AQUI.

domingo, 18 de setembro de 2016

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

ENSINO: Professor ensina a estudar e alunos melhoram notas em 30 por cento

Mais de 500 estudantes portugueses seguiram o método de um professor para ser bom aluno e as notas melhoraram cerca de 30%, segundo o autor, que defende a criação de uma nova disciplina nas escolas para ensinar a estudar. Para saber mais, clicar AQUI


Leia AQUI o que move este "Professor do Futuro".







terça-feira, 13 de setembro de 2016

EDUCAÇÃO&FORMAÇÃO: Os livros

Não consigo separar a sabedoria do amor; a sabedoria é uma inteligência, uma ciência, uma arte, mas é tudo isso como uma forma de amar. Quando pensamos na grande sabedoria, pensamos naqueles que, vivendo a grande depuração que o tempo opera em cada um de nós, são capazes de conservar uma inocência, uma pureza, um afeto. É sempre necessária uma porção muito grande de amor para chegar à sabedoria. Para saber mais clicar AQUI.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

FORMAÇÃO&EDUCAÇÃO. Papa Francisco aos jovens (1)

Mensagens para os jovens e também para os adultos:


-   A juventude é o tempo dos grandes ideais. Fico triste quando vejo um "jovem na reforma".


-   A nossa oração não pode ficar reduzida a uma hora ao domingo. É importante escutar diariamente a Jesus.


-   Não devemos crer no Maligno, quando ele diz que não podemos fazer nada contra a violência, a injustiça e o pecado.


-   A luta contra o mal é dura e longa. É essencial rezar com constância e persistência.


-   A cultura do descartável produz muitos frutos amargos, desde o desperdício dos alimentos até ao isolamento de tantos idosos.


-   O amor de Deus não é vago. Ele pousa o seu olhar sobre cada homem e cada mulher, com o seu nome e apelido.


-   Todos os dias estamos chamados a ser carícias de Deus para quem talvez nunca na vida tenha sentido uma carícia.


-   A escola deve ensinar o que é verdadeiro, o que é belo, o que é bom. A educação não pode ser neutra: ou enriquece ou empobrece a pessoa.


-   Devemos amar a Igreja como amamos a nossa mãe, sabendo entender também os seus defeitos.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

FORMAÇÃO&EDUCAÇÃO: Um problema de confiança. Em nós e nos outros

A confiança ou a falta dela pode determinar o (in)sucesso profissional. Ser bom no que se faz pode não ser suficiente para alcançar o topo. Porque se perde e como se ganha o jeito de acreditar em nós? Para saber mais clicar AQUI

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

ENSINO: A reforma certa

Traçar as linhas gerais para o que devemos ensinar às próximas gerações. Foi este o trabalho encomendado pelo governo e para o qual o executante, Guilherme d"Oliveira Martins - que já fez trabalho semelhante. Para saber mais, clicar AQUI.





segunda-feira, 5 de setembro de 2016

"ISTO É MATEMÁTICA": acabar de vez com o mito (10ª série)


Não sabia? Não se lembrou? Já era? Não faz mal. Não tem problema. A matemática é para isso mesmo, para resolver problemas, pois, convém lembrar, ela está em todo o lado, na vida nossa de todos os dias. Ao clicar AQUI chega-se a todo o "lado", isto é, acede-se a todos os programas editados até ao momento, sendo que os da 10 ª e última temporada estão AQUI.
Mas não quer falhar mesmo nenhum? Um único que seja desde o primeiro ao último de todas as temporadas? Então nada melhor do que clicar AQUI.

domingo, 4 de setembro de 2016

ATENÇÃO/REFLEXÃO/MEDITAÇÃO: Os jovens não são o futuro, mas o presente

É significativo que à habitual e até desgastada pergunta dirigida às crianças - «que queres fazer quando fores grande» - a resposta já não consista numa ou noutra profissão, mas num cada vez mais maioritário e tragicamente uniforme: «Quero ter muito dinheiro para fazer o que me agrada». Neste contexto, o que dizer às dezenas de milhares de jovens cristãos que se encontraram em Cracóvia, na Polónia? Saiba mais clicando AQUI

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

ENSINO: Provas de aferição: alunos do 8º ano revelaram muitas dificuldades a Matemática e Português

Eles são um zero à esquerda
 
São mesmo. E à medida que vão passando de ano pioram. Uma espécie de “bons selvagens” de Rousseau. Ao princípio eles até sabem, mas com os anos vão sendo corrompidos pela escola, perdendo a capacidade de responder às perguntas sobre matemática.

E gramática também. Pelo menos é o que contam os resultados nacionais das provas de aferição. Se para os alunos do 2º e 5º ano os resultados até não foram muito maus, quando chegamos aos do 8º ano as coisas ficam negras.

Comecemos pelo Português. Dos alunos do 8º ano que realizaram as provas, — estas são aquelas que o ministro da Educação inventou a meio do ano depois de ter acabado (por embirração digo eu) com os exames nacionais — apenas 16,9% dos alunos conseguiram responder às perguntas de ‘Gramática’. E 22,8% às questões relativas à ‘Leitura’.

Já na matemática o panorama é relativamente…. pior. Ainda no 8º ano, 15,6% dos alunos não corresponderam ao que seria espectável em ‘Números e Operações’ e apenas 8,7% têm noções corretas de ‘Geometria e Medida’. Pode consultar aqui o resto dos resultados. Aviso já que as coisas no 2º e 5º ano não melhoram muito. A parte boa, se é que se pode encontrar alguma, é que as provas eram facultativas e por isso só 56% das escolas as fizeram. Ou seja, há esperança que naquelas que não as fizeram o estado das coisas seja um pouco melhor… ou não. Para o ano veremos pois já serão obrigatórias. Mas sempre sem contar para a nota.



Dados divulgados pelo Ministério da Educação não permitem saber quantos alunos chumbariam se a prova contasse para nota. Mas é possível perceber as áreas em que os estudantes do 2º, 5º e 8º anos têm mais dificuldades. E são muitas. Para saber mais, clicar AQUI 






Prova final: Maioria chumba na 2.ª fase a Português e Matemática
Mais de metade dos alunos do 9.º ano chumbaram na 2.ª fase da prova final de Português, assim como a maioria dos estudantes que fez a prova de Matemática, revelou hoje pelo Ministério da Educação (ME). Para saber mais clicar AQUI

domingo, 21 de agosto de 2016

EDUCAÇÃO/FORMAÇÃO: Ainda e sempre...

... a JMJ2016:

«...Para quem ainda pensa que a religião é o ópio do povo, as palavras de Francisco não poderiam ter sido mais realistas, nem mais incisivas, mobilizando os jovens católicos para uma presença mais activa na sociedade mundial: “O tempo que estamos agora a viver não precisa de jovens-sofá, mas de jovens com sapatos, melhor ainda, com as chuteiras calçadas. Só aceita jogadores titulares na equipa; não há lugar para suplentes!” ... “Sejamos conscientes da realidade. A dor, a guerra em que vivem muitos jovens não pode continuar a ser anónima, tem que deixar de ser uma mera notícia de imprensa, porque tem nomes, tem rostos, é uma história que tem que ter proximidade”. E, para que as suas palavras fossem corroboradas pelo exemplo, Francisco quis ouvir, na companhia de todos, o impressionante testemunho de Rand, um jovem sírio de Alepo. O Papa argentino comentou depois: “a nossa resposta a este mundo em guerra tem um nome: chama-se fraternidade”...».

Para saber mais clicar AQUI.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

FORMAÇÃO/EDUCAÇÃO: É muito bom...

... ou melhor dizendo, é " muito óptimo ", ver os homens de amanhã, os jovens, cantando&rindo, nestas andanças (se bem não faz, mal muito menos ou NÃO, NUNCA, JAMAIS), as "Jornadas Mundiais da Juventude escolas de humanidade", tendo por companhia Francisco e, como local este ano, Cracóvia (ler&ver o programa da viagem apostólica AQUI e as transmissões ao vivo AQUI ou AQUI ou ainda no MEO/NOS, canal 186 ).

- E é tudo. Sim está tudo, quase tudo ou mais do que isso, por exemplo, a diferença horária, aqui. São servidos?
- Bom apetite!




domingo, 24 de julho de 2016

EDUCAÇÃO&FORMAÇÃO: Jornada Mundial da Juventude 2016, em Cracóvia, Polónia

Do «façam barulho», pronunciado há três anos na sua primeira Jornada Mundial da Juventude, à exortação para sujar as mãos, recomendada há pouco mais de um mês: são algumas expressões, sob a forma de imperativo feliz, dirigidas aos jovens e pronunciadas exclusivamente de improviso, como Francisco gosta de fazer quando responde a perguntas ou acrescenta um pouco de pimenta aos seus discursos, deixando de lado o texto escrito preparado para a ocasião. Para saber mais, clicar AQUI, AQUI e AQUI



quarta-feira, 6 de julho de 2016

EDUCAÇÃO&FORMAÇÃO: "Só uma nota"

De vez em quando, tenta gostar de uma coisa, em lugar de estares sempre, tipo, a curtir uma cena. Pára de perguntar aos outros se estão a ver, estás a ver? Em princípio estamos a ver, embora cada vez pior, infelizmente. Para saber mais clicar AQUI

segunda-feira, 4 de julho de 2016

OBITUÁRIO: O visionário Alvin

"Os analfabetos do século XXI não serão os que não sabem ler nem escrever mas aqueles que não sabem aprender, desaprender e reaprender." A frase de Alvin Toffler ficou, como tantas outras que disse e defendeu...Para saber mais clicar AQUI

domingo, 3 de julho de 2016

inPRENSA: Renato no lugar de Costa ou...

Os meus filhos sabem tudo sobre todos os jogadores de todas as seleções. Soubessem tanto de Matemática e estaríamos perante meia dúzia de futuros Prémios Nobel. Eles sabem de estatística, falam em potencial e discutem estratégia. Para saber mais, clicar AQUI

sábado, 2 de julho de 2016

ENSINO: "Preguicite"

Dos estados inflamatórios, de origem desconhecida, que mais assolam as crianças em idade escolar, a preguicite aguda será dos piores. Destaca-se sobre os episódios “virusais” de gripe porque, ao contrário deles, não surge acompanhado nem por febre alta nem por dores generalizadas no corpo, chegando a assumir-se (dependendo das disciplinas, dos projetos educativos e de um ou outro professor) como uma verdadeira epidemia atípica, muito frequente entre os 6 e os 18 anos, temendo-se que a estirpe do micróbio que parece gerá-la seja, inclusive, multirresistente. Para saber mais, clicar AQUI                   

segunda-feira, 27 de junho de 2016

ENSINO: Acerca da desmotivação dos alunos


De uma vez por todas se caia na realidade e se deixe de pedir aos professores aquilo que não lhes compete. Estratégias para isto, estratégias para aquilo; lidar com a indisciplina, lidar com a desmotivação. Aos professores não se deve pedir que arranjem estratégias para resolver esses problemas, pois isso é admitir que eles são situações normais, correntes e com tendência a perpetuar-se. Simplesmente não se pode admitir que eles existam como norma.
A escola pública oferece um ensino gratuito (gratuito!, à excepção da aquisição do material escolar), onde os alunos podem usufruir de refeições a um preço pouco mais do que simbólico, em regra com bons e óptimos equipamentos e professores. Os alunos mais carenciados têm comparticipação parcial ou total na aquisição dos seus materiais, nas refeições e nos transportes. De um modo geral os programas são adequados às faixas etárias e ao tipo de sociedade que é o nosso. Estas condições por si só não são mais do que satisfatórias para que os alunos e as suas famílias se sintam naturalmente motivados? De que raio de motivação extra precisam os alunos?
Em África, na Ásia e na América Latina há centenas de milhões de crianças e jovens que frequentam escolas (os que têm essa sorte) em condições miseráveis. E aí muitos deles estão bem mais motivados do que os nossos. Serão os seus professores melhores do que nós? Possuirão eles as tais estratégias mágicas que nós, tecnologicamente apetrechados, não conseguimos vislumbrar?
É mais do que evidente que a motivação é uma treta quando colocada nas mãos dos professores, mas uma realidade quando olhamos para os sítios onde reside a sua génese: na sociedade em geral, nas famílias, em quem nos governa e na legislação obtusa que se produz. Por isso, os professores não têm que motivar quando não há motivos de origem pedagógica para o tipo de desmotivação com que deparam.
A mesma reflexão deve ser feita em relação à indisciplina, que também não é um problema que o professor tenha que resolver. A indisciplina é uma questão que, simplesmente e em circunstâncias normais, não deveria existir! Em circunstâncias normais, para resolver problemas pontuais de indisciplina o professor deveria precisar apenas de uma palavra: "Rua!"
Se houver comportamentos desadequados nas salas de espera e nos gabinetes médicos dos hospitais serão os médicos a resolvê-las? Se a mesma coisa acontecer numa repartição de finanças são os funcionários que vão resolver? Num restaurante, num meio de transporte, numa sala de espectáculos...?
Ora, o professor não tem que motivar nem disciplinar, tem apenas que ensinar, que é aquilo que se lhe pede cada vez menos. Nessas matérias peçam-se, pois, responsabilidades a quem realmente as tem, senão daqui a 50 anos quem cá estiver estará ainda a falar do mesmo.
António Galrinho
Professor

domingo, 26 de junho de 2016

inPRENSA: várias

Público e privado: quem se sai melhor?
Alunos dos colégios com contrato de associação tiveram melhores notas no PISA. Mas o contexto importa. Para saber mais, clicar AQUI

O cérebro aberto
Paul Erdös foi um dos grandes génios matemáticos do século XX. Nascido na Hungria, ambos os pais professores desta ciência, morreu aos 83 anos a assistir a uma conferência científica. Não tinha casa e tudo o que possuía cabia numa mala, ou melhor, em sacos de plástico. Para saber mais, clicar AQUI

quarta-feira, 22 de junho de 2016

EDUCAÇÃO&FORMAÇÃO: "Sou gestor dos meus filhos, não dono"

É benfiquista ferrenho, escritor compulsivo e pai de cinco. Aos 60 anos, o pediatra Mário Cordeiro conta numa entrevista de vida como foi crescer entre sete irmãos e numa família de médicos. Para continuar, clicar AQUI

terça-feira, 21 de junho de 2016

MÚSICA:Everyday People | Turnaround Arts | Playing For Change |










Milhares de estudantes de artes de Turnaround de todo o país sentiram-se realizados ao lado dos mentores de Turnaround, artistas como Jack Johnson, Chad Smith, Jason Mraz, Elizabeth Banks, Tim Robbins, Yo-Yo Ma, Keb 'Mo', Josh Groban, Bernie Williams, Misty Copeland, Paula Abdul, Trombone Shorty, Alfre Woodard, Citizen Cope, Doc Shaw, Frank Gehry, John Lloyd Young, Carla Dirlikov e muito mais.
No vídeo, produzido pela Playing For Change, os estudantes e seus mentores cantam, tocam e dançam Sly e Family Stone’s “Everyday People ", demonstrando que todas as pessoas merecem experimentar o poder das artes e da música na escola.  Artes da reviravolta, o programa, com a assinatura do Presidente do Comitê em Artes e Humanidades, capacita as escolas de baixos desempenhos e auto-estima,  com artes inovadoras, programas de teatro e música, dança, integração de artes em áreas temáticas, recursos de artes, instrumentos musicais e tutores de alto perfil. Trata-se de uma estratégia comprovada para ajudar a enfrentar os desafios de escola mais amplos e fechar o ciclo dos "fracos desempenhos".

domingo, 19 de junho de 2016

ENSINO: "Caça-fantasmas"




Os exames estão a chegar. E isso é bom. Tenho dito, e reafirmo, que os alunos não merecem a polémica que se foi instalando entre provas de aferição, por um lado, e exames, por outro. Porque à esquerda e à direita, os argumentos escorregam para uma vertigem mais ou menos demagógica, que nenhuma criança merece. E, depois, é muito importante que exista uma amostragem nacional do nível de conhecimentos dos alunos portugueses. Sobretudo se, com isso, se retirarem ilações sobre a qualidade dos conhecimentos que não se resumam, como muitas vezes foi acontecendo, quase exclusivamente, a aumentar-se a carga horária de algumas disciplinas (como se essas, e só essas, fossem indispensáveis para o seu desenvolvimento), deixando conteúdos programáticosformação de professores e a gestão dos tempos, espaços, turmas ou dinâmicas escolares "fora da equação". E se se refletir sobre os níveis, assustadoramente negativos, obtidos nos exames a algumas disciplinas, e sobre a forma com que se podem reverter.

Ora, eu receio que, enquanto a discussão se reparte entre exames e provas de aferição - com algumas pessoas com responsabilidades políticas a apelarem para que não se "traumatize" as crianças com exames e outras, igualmente com poder de decisão, a fazer com que a seriedade do ensino dependa, quase exclusivamente, dos exames - aquilo que esteja à discussão sejam argumentos ideológicos que ganham protagonismo à falta de uma ideia política: sobre as crianças, acerca da família e, evidentemente, a propósito da escola. Serão os exames - nomeadamente em anos de transição de ciclo escolar, por exemplo - uma espécie de referendo ao trabalho que as escolas desenvolvem na preparação dos alunos? Sem dúvida. Será importante que, considerando esse escrutínio (e de forma sensata), se pondere acerca da ponderação equilibrada que eles terão na nota final de um aluno, que lhe confira a importância, relativa, que eles merecem? Claro que sim. Será que os resultados globais dos exames, considerados escola a escola, deveriam servir para escrutinar a seriedade da formação que estão a desenvolver e a honestidade do modo como o fazem? Evidentemente que sim! Não seria, até, engraçado que se fizesse um ranking das escolas pouco amigas dos bons exemplos para as crianças, seriadas a partir das enormes discrepâncias entre as notas que atribuem durante o ano e aquelas que os seus alunos obtêm nos exames nacionais, de forma a que se separe a fraude da seriedade? Claro que sim. E não seria indispensável, que as aulas fossem só aulas e que aquilo que se observa nalgumas escolas - onde a "preparação para os exames" vem, por vezes, do meio do segundo período (com aulas suplementares, substituição de disciplinas consideradas menos preponderantes por outras tidas como fundamentais, e etc.), e atinge dimensões exorbitantes até à data do primeiro exame - não fosse permitido, de forma a que existisse alguma regulação numa amostragem que, de outro modo, parece estar sempre a sofrer manipulações que talvez protejam as escolas mas não protegem os alunos? Acredito que sim. E não seria, finalmente, preciso que se considerasse a nota de um aluno como resultado da parceria que se estabelece entre ele, a família e a escola, em função dos seus conhecimentos e não só dos seus resultados, e se deixasse este péssimo exemplo de, sempre que as notas dele são interessantes, a responsabilidade seja repartida, com muitas escolas a chamarem para si esse mérito; e quando ele reprova, não deixassem de existir algumas associações profissionais de professores a chamarem a atenção para a carência de conhecimentos dos alunos sem que, de forma humilde, proponham formação para alguns dos seus membros (sobretudo quando quem a devia organizar e promover, de forma equilibrada - o ministério da educação - parece ser, com imensa tristeza para todos nós, o campeão dos défices de atenção)? Claro!

Mas, seja como for, os exames estão a chegar. E é altura de terem bom senso. Por mais que os pais - muitos deles (às vezes, a maioria) com experiências escolares muito pouco ganhadoras, e com experiências de avaliação em provas nacionais muito sofridas - ora queiram poupar aos filhos os sofrimentos das suas infâncias e os "fantasmas" que (por causa deles) foram construindo, ora vejam nos exames uma vertigem um bocadinho precipitada de, com o auxílio dos bons resultados que eles obtenham no imediato (seja em que circunstância for), imaginarem um percurso escolar pleno de sucessos (ou, também, por vezes, um aditivo precioso para alguma da sua vaidade). E por mais que os professores, sentindo que (sobretudo, nalgumas escolas) estarão debaixo de um escrutínio sufocante - que faz com que, a partir de fevereiro, alguns vejam dislexia em 85% dos alunos de uma turma (trata-se de um exemplo real!), e outros criem uma pressão às crianças diretamente proporcional ao sufoco com que vivem os resultados dos exames como fator de risco para a sua renovação contratual - nem sempre lidem com os exames com a serenidade que eles talvez não devessem deixar de ter.
É, portanto, altura de vos propor algumas ideias que gostava que considerassem.

1. 
Os exames são um problema! E da mesma forma que uma das funções dos filhos é colocarem problemas aos pais (obrigando-os a resolverem problemas sempre mais complexos de forma, tendencialmente, sempre mais simples), a função da escola é pôr problemas às crianças, dando-lhes argumentos para pensarem sobre eles e para os resolverem (e não as soluções com que se cria uma ideia muito discutível de sucesso). 2. Os exames dão dores de barriga às crianças. E isso é bom. Porque por mais que todos gostássemos que não fosse assim, não há como aprender sem alguma dor. Sendo que quem hoje convive com dores de barriga e encontra forma, nos pais e nos professores, de não soçobrar a elas, amanhã ousa ser mais afoito em vez de fugir aos novos desafios para fugir às dores com que não aprendeu a conviver.3. Nos primeiros exames é saudável que se fique um "bocadinho burro", de vez em quando. E que haja quem se engasgue nas coisas mais simples, enquanto se desembaraça como deve ser em raciocínios mais complexos. Mas os exames são como as vacinas: quanto mais aprendermos a viver com o bocadinho de stress que eles trazem, mais aprenderemos a transformar o que é tóxico em saudável.4. Não é razoável empanturrar, nestas alturas, as crianças com explicações. Aliás, devia ser proibido fazê-lo. Como não é ponderado multiplicar aulas e aulas e mais aulas como se - fossem em vez de provas de aferição ou de exames - estivesse à discussão uma prova de vida e não uma prova de conhecimento. Aliás, sacrificar (em nome de ganhos de curto prazo) argumentos que levedem para a vida não é dos melhores exemplos que se possa dar.

5. É proibido fazer dos exames um exame à inteligência de uma criança. Todas as crianças são inteligentes! Por mais que, por défices na sua formação ou por sobressaltos que tenham ficado da sua experiência escolar, por exemplo, algumas não consigam transformar, num determinado momento, competências em recursos.

6. É saudável que um aluno tenha medo dos exames. Sobretudo porque, como todos nós, terá medo daquilo que não conhece. Mas se fugir do medo é uma belíssima forma de ficar preso a ele, insuflá-lo (como forma de nos tornarmos mais responsáveis diante dele) pressupõe que se não for à boleia de fantasmas ninguém cresce. E aqui as maiores escorregadelas, inteligência-abaixo, não são as das crianças...

7. É imprudente criar uma atmosfera escolar do género: "com os exames é que vocês vão ver!". Transformar um exame num papão é tão sensato como quando, na Idade Média, se dizia que, para além das rotas marítimas que se conheciam, só existiriam monstros e dragões. Tivessem os nossos antepassados a mesma relação com o conhecimento que algumas escolas colocam nos exames e os Descobrimentos portugueses teriam sido uma oportunidade perdida.

8. É proibido proibir de brincar na altura dos exames. Brincar arruma a cabeça, é ansiolítico e antidepressivo. Brincar a sério e livremente. Duas horas por dia. Pelo menos!

9. É proibido recorrer a aditivos sintéticos (psicofármacos, portanto) como forma de ora tornar as crianças, aparentemente, mais seguras, ora fazendo com que pareçam menos tristonhas. A forma imprudente como isso se vai banalizando, em todos os graus de ensino, quase devia merecer um controlo antidoping que, em última circunstância, ganharia se penalizasse - por maus desempenhos - muitos pais.

10. Não são razoáveis comentários alarmistas sobre os exames na escola ou na família. Ou uma atenção inflamatória do género: "estás nervoso?..." Ou um silêncio que pretende disfarçar a tensão da família diante dos exames, quando a vida se faz com eles. As crianças percebem muito bem aquilo que estáà discussão num exame. Só não percebem porque é que quem as devia sossegar dos seus medos lhos impinge em demasia.

11. Não é, finalmente, ponderado transformar as crianças em caça-fantasmas dos pais ou das escolas a propósito dos exames. E não é, obviamente, uma catástrofe que elas cresçam conhecendo os medos de quem as educa. Mas não é prudente projetar sobre elas todos eles, esperando que sejam as crianças a ultrapassar com os seus desempenhos, num determinado momento, todos os fantasmas em torno da escola e dos exames que as pessoas crescidas foram acumulando ao longo dos anos.

12. Os exames estão a chegar. E isso é bom! Mau de verdade é que quem os torna assustadores como fantasmas pareça, por vezes, ter vindo para ficar.