Passo a explicar. Para tal, servir-me-ei das palavras de Fernando Savater, filósofo e grande pedagogo espanhol, no seu livro "O Valor de Educar" [pp.52-54]. São elas que melhor dirão dos objectivos & intenções deste blogue. Ei-las:
«Em linhas gerais, a educação, orientada para a formação da alma e para a transmissão do respeito pelos valores morais e patrióticos foi sempre considerada de um nível superior ao da instrução, destinada a dar a conhecer competências técnicas ou teorias científicas. (...)
Em contraposição, educação versus instrução, parece hoje notavelmente obsoleta e bastante enganadora. (...). Sucede ainda que separar a educação da instrução se mostra não só indesejável, mas igualmente impossível, uma vez que não se pode instruir sem educar e vice-versa. Como poderemos transmitir valores morais ou de cidadania sem recorrermos a informações históricas, sem termos em conta as leis em vigor e o sistema de governo estabelecido, sem falarmos de outras culturas e países, sem reflectirmos, por elementarmente que seja, sobre a psicologia e a fisiologia humanas ou em empregarmos algumas noções de informação filosófica? E como poderemos instruir alguém em matéria de conhecimentos científicos, se não lhe inculcarmos o respeito por valores tão humanos como a verdade, a exactidão ou a curiosidade?». Ah e também de Pitágoras «eduquemos as crianças e não será necessário castigar os homens»

Coragem... pequeno soldado do imenso exército. Os teus livros são as tuas armas, a tua classe é a tua esquadra, o campo de batalha é a terra inteira, e a vitória é a civilização humana" (Amicis, Edmondo in Cuore)

domingo, 14 de dezembro de 2014

FORMAÇÃO/EDUCAÇÃO: "Os portais do mistério da segunda virtude"

«A pequena esperança caminha entre as suas irmãs mais velhas/ e não lhe é dada a devida atenção./ No caminho da salvação, no caminho da carne,/ no caminho pedregoso da salvação, na estrada interminável,/ nessa estrada entre as suas duas irmãs,/ caminha a pequena esperança./ Entre as duas irmãs grandes./ Aquela que é casada, e aquela que é mãe./ E ninguém repara nela, o povo cristão só repara/ nas duas irmãs grandes./ A primeira e a última./ Que caminham com pressa./ Para o tempo presente./ No instante momentâneo que passa./ O povo cristão só vê as duas grandes irmãs./ Só olha para as duas irmãs grandes./ A da direita e a da esquerda./ E quase não repara na que caminha no meio.»
Ler mais em:

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

ENSINO, EDUCAÇÃO & FORMAÇÃO: uma opinião que...

... subscrevendo clara&inteiramente, quero&posso partilhar na esperança de que alguém de direito a conheça e...a sirva como complemento ou suplemento de tantos projectos que por aí abundam...
Tenho a convicção, senão a certeza, de que a família, sociedade & escola - a ordem não é arbitrária - seriam outras, para melhor, é evidente!
«Espanta-me muito que se leia tão pouco a Bíblia», diz escritora Alice Vieira
E, já agora, aproveitando a "boleia":

terça-feira, 18 de novembro de 2014

LEITURA: "E Tudo começa no Berço"

As práticas educativas parentais desde o nascimento dos filhos são responsáveis, em noventa por cento dos casos, por comportamentos inadequados como o bullying e a indisciplina escolar, defende em livro o investigador e psicólogo Luís Maia.
Ler mais em:
http://sicnoticias.sapo.pt/arquivo/2012-02-26-mau-comportamento-e-fruto-da-educacao-dada-pelos-pais-desde-o-berco-segundo-uma-investigacao

domingo, 28 de setembro de 2014

EDUCAÇÃO, ENSINO & FORMAÇÃO: Concurso "UM CONTO QUE CONTAS"

O concurso “Um conto que contas” é da responsabilidade de uma Comissão Organizadora em colaboração com a Delegação Regional do Sul e Ilhas da Sociedade Portuguesa de Matemática, e com o apoio da Universidade de Évora, do Centro de Investigação em Matemática e Aplicações da Universidade de Évora, da Associação de Matemática Interactiva e Lúdica - AMIL e da Delta Cafés. Este concurso é aberto à participação de todos os jovens que frequentem escolas públicas e privadas, desde o 1.º ao 12.º ano de escolaridade, e escolas profissionais acreditadas em qualquer modalidade de função com equivalência legal a esses níveis de escolaridade, de todo o país.

Uma vez que, com este concurso, pretendemos envolver alunos e professores dos Ensinos Básico e Secundário, solicitamos a V. Exa. a divulgação do conteúdo desta carta ao(à) Coordenador(a) do Departamento de Matemática e Ciências Experimentais e ao(à) Coordenador(a) do Conselho de Docentes do 1.º Ciclo, assim como a outros responsáveis por este tipo de atividades.

Este concurso consiste na escrita e ilustração de um conto que envolva conteúdos matemáticos e tem como principais objetivos fomentar hábitos de leitura e de escrita nos alunos, assim como promover a articulação entre diversas áreas do saber, desenvolver a capacidade de expressão e comunicação, estimular a imaginação.

Os participantes podem concorrer a uma de oito categorias e de acordo com os ciclos de ensino em que estão integrados, na modalidade individual ou em equipa, num máximo de quatro elementos.

Os contos serão apreciados por um júri, que integrará especialistas das áreas de matemática e de português. Na avaliação dos contos serão valorizados os conteúdos matemáticos, o domínio da língua, a originalidade, a criatividade, o encadeamento lógico 2/2 narrativo, entre outros. Aos três melhores classificados, em cada uma das oito categorias, serão atribuídos prémios.

Os melhores contos submetidos a concurso serão compilados num livro, intitulado com o nome do concurso, que pretende incentivar a produção de obras originais e divulgar a atividade para futuras edições.

O regulamento do concurso pode ser consultado nesta
página e o cartaz aqui descarregado para uma melhor divulgação desta inicitiva.

Para mais informações, nomeadamente instruções de inscrição, pode ser consultada a página web do concurso, em
http://www.spmsul.uevora.pt/concurso.htm, ou contactar-nos por correio eletrónico para spmsul@uevora.pt.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

EDUCAÇÃO&FORMAÇÃO: «O sucesso escolar começa à mesa!»

Cíntia Machado, da Fileira do Pescado, explica a importância da alimentação das crianças no regresso às aulas e refere estudos que demonstram que «comer peixe melhora a saúde do cérebro, aumentando a massa cinzenta e estimulando a memória».
http://sabores.sapo.pt/aprender/artigo/-o-sucesso-escolar-comeca-mesa-

quinta-feira, 24 de julho de 2014

ISTO É MATEMÁTICA: "acabar de vez com mito" (7ª série)

Não sabia? Não se lembrou? Já era? Não faz mal. Não tem problema. A matemática é para isso mesmo, para resolver problemas, pois, convém lembrar, ela está em todo o lado, na vida nossa de todos os dias. Desta 7ª série, publicada em 14 /04/2014, eis os seus 13 episódios:

SIC Notícias
SÁBADO 20:50
DOM 8:50,
TER 15:50,
QUA 4:30,
SEX 9:50
1. Mapear o mundo
Neste episódio o matemático Rogério Martins fala sobre o planisférios. Já alguma vez se perguntou como se desenham mapas? Podemos desde já dizer que mete cilindros, o Mercator e o menino Tonecas.
https://www.youtube.com/watch?v=ZFVOMtzQGok
2. O problema do Caixeiro Viajante
Neste episódio o matemático Rogério Martins fala sobre o Problema do Caixeiro Viajante. E para isso, venderá produtos de higiene pessoal por esse Portugal fora.
https://www.youtube.com/watch?v=_vKMyRj855A
3. O Problema das Três Casas
Neste episódio o matemático Rogério Martins tem um problema para si que envolve casas, água, luz e gás: o Problema das 3 Casas! Para tentar resolvê-lo matematicamente, vamos pensar fora da caixa... e aprender o que é um grafo!
https://www.youtube.com/watch?v=dmsuPfpeHvI
4. Ser ou Não Ser Proporcional 
Neste episódio o matemático Rogério Martins explica uma ideia que faz parte da intuição de qualquer pessoa: a proporcionalidade. Para tal, fala de escalas, rectas, e da regra três simples... mas também de impostos, de uma chanceler e de... kunami.
https://www.youtube.com/watch?v=XZOJ-u8tKYc#t=108
5. Os Dentes das Rodas
Neste Episódio o matemático Rogério Martins fala sobre dentes, correntes e rodas dentadas. E para isso convida um gang de motards de Portugal e respectaivas máquinas!
6. Nós Mágicos
Neste episódio o matemático Rogério Martins fala sobre topologia, e explica esta área da matemática a bordo de uma embarcação clássica, a Fragata D.Fernando II e Glória, usando plasticina, corda e nós. Mais concretamente... nós mágicos.
https://www.youtube.com/watch?v=Vxe_eOR_FEU&feature=youtu.be
7. Equilibrismo
Neste episódio o matemático Rogério Martins fala sobre pontos de equilíbrio enquanto é obrig... se voluntaria para ir treinar com o corpo de fuzileiros da marinha portuguesa.
https://www.youtube.com/watch?v=IJSWBt6qGAg#t=496
8. A Lei de Benford
Neste episódio o matemático Rogério Martins explica o que é a Lei de Benford. E para tal, fala de números, PIB e impostos. Ou Seja, Literatura a mesa de cabeceira de um mnistro das finanças.
https://www.youtube.com/watch?v=p2b-I3LOadg&feature=youtu.be
9. Volumes Extremos
Neste episódio o matemático Rogério Martins fala sobre volumes extremos. Para tal, faz uma caminhada na Serra de Sintra, enquanto fala de orelhas de elefante, cubos e gigantes.
10.  Depende do Ponto de Vista
Neste episódio o matemático Rogério Martins pondera sobre a seguinte questão: "poderá o Sol girar à volta da terra?" Blasfémia, sacrilégio, ou será apenas algo que depende do ponto de vista?
https://www.youtube.com/watch?v=kU39F-_zXRU
11. Diâmetro Angular e Cenas Anamórficas
Neste Episódio o matemático Rogério Martins fala sobre diâmetro angular e anamrfose. Para tal, o nosso matemático brinca com duendes, com o Vasco Duarte... e vai ver o Benfica.
https://www.youtube.com/watch?v=mpa4wLVjP08
12. Évarist Galois uma novela matemática
Neste episódio o matemático Rogério Martins conta uma história que possui todos os ingredientes de uma telenovela: drama, tragédia e romance. Senhoras e Senhores... a história de Évarist Galois: Uma novela Matemática.
https://www.youtube.com/watch?v=DuhQnu1fgDc
13. (Último Episódio) O Fim do Mundo
Neste Episódio o matemático Rogério Martins fala sobre o matemático Robert Malthus e os seus famosos cálculos populacionais. Sim! No último episódio de Isto é Matemática, vamos falar sobre : o Fim do Mundo!
https://www.youtube.com/watch?v=hFpR6ajfT_s



sexta-feira, 23 de maio de 2014

domingo, 18 de maio de 2014

LEITURA: "Mais forte do que eu"



http://www.leyaonline.com/pt/pesquisa/pesquisa.php?chave=Mais+forte+do+que+eu&=

http://www.leyaonline.com/pt/livros/familia/mais-forte-do-que-eu/

EDUCAÇÃO/FORMAÇÃO: Uma responsabilidade dos pais por...

... Pe. Rodrigo Lynce de Faria

«Muitos pais, hoje em dia, não sabem educar os seus filhos. Parecem saturados e muito ocupados. Temos que ser nós a fazê-lo na escola aproveitando as aulas que damos. Estamos, na prática, a substituir os pais. Isto não me parece mal. Tenho a sensação de que, a partir da adolescência, a maioria dos progenitores perde a capacidade de dialogar com os seus filhos. Sobretudo, em temas que incluem valores que evoluíram com o passar das gerações. Os pais sentem que os tempos mudaram e que não podem obrigar os seus filhos a pensar como eles ou como os seus avós. A sociedade mudou e a vida também. Nós, professores que ensinamos matérias humanistas, temos maiores facilidades para esse diálogo com os adolescentes e os jovens».
Estas palavras de um professor fizeram-me pensar: será que o ideal na educação é substituir os pais, ou ajudá-los a educarem os seus filhos? Qual é a missão da escola? Que fazer se essa missão entra em confronto com a dos pais dos alunos?
Os pais são sempre os primeiros e os principais educadores dos seus filhos (Catecismo 1653). Por isso, nunca podem renunciar a ser educadores com o pretexto de que outros o fazem melhor ou estão mais preparados para isso. É evidente que necessitam ser auxiliados na sua tarefa educativa. No entanto, qualquer outro agente educativo só o pode ser por delegação dos pais e “subordinado” a eles.
Esta visão da educação ― fundamentada na natureza humana ― possui muitas consequências no modo como entendemos a missão da escola. Os estabelecimentos de ensino são instituições destinadas a colaborar com os pais ― nunca a substituí-los e muito menos a ir contra eles ― na sua missão educativa.
É contraproducente e profundamente injusto que os pais procurem transmitir aos seus filhos em casa valores que depois são descaradamente negados ou ridicularizados na sala de aula. Muitas vezes, isso acontece sob o falso pretexto de que é o professor quem sabe a matéria e os progenitores não passam de uns ignorantes.
Quantas dificuldades encontram muitos pais cristãos nos dias de hoje para educarem os seus filhos na fé, quando essa mesma fé é achincalhada na sala de aula! É ridicularizada com programas e livros propostos e aprovados por pessoas que se apresentam com uma“ideologia neutra”. No entanto, essa pretendida neutralidade de alguns é só aparente. Implica uma concreta posição ideológica: o desejo de “emancipar” a cultura humana de toda a concepção religiosa. Como se isso tornasse o ser humano mais livre, mais humanista e mais inteligente!
Por isso, é uma responsabilidade grave dos pais interessar-se pelo ambiente da escola dos seus filhos e pelos conteúdos que se transmitem na sala de aula. O interesse dos pais tem de ir mais além dos resultados escolares que se traduzem nas notas. Esses resultados podem ser relevantes, mas, por si só, não garantem a saúde moral e espiritual dos filhos. Saúde que terá muito mais influência no seu futuro do que as classificações obtidas.
PS: "amarelados", "negritos" e "sublinhados" da minha responsabilidade.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

FORMAÇÃO/EDUCAÇÃO: 25 de Abril, salas de aula – contributo para uma reflexão.

por ANTÓNIO CARLOS CORTEZ

Dois livros de Maria Filomena Mónica, intitulados A Sala de Aula e Diário de Uma Sala de Aula, com chancela da Fundação Francisco Manuel dos Santos, recém-publicados, pretendem ser um contributo para que se evite aquilo a que, nas palavras da sua autora, é o “colapso do sistema educativo”.
Num artigo do PÚBLICO, de 20 de Março, a manchete era suficientemente alarmante, justificando debate sério: “Escola pública não dá garantias de ensinar os alunos a ler e a contar.” É uma das conclusões a que, na sua investigação, chega Maria Filomena Mónica. As causas, diz, são várias: a sala de aula reflecte, no fundo, a decadência a que chegámos. O diagnóstico – e este é mais um, a ter em conta – está feito. Mas os erros sucedem-se e repetem-se, como se cada ministro desconhecesse em absoluto o resultado de políticas anteriores.
Maria Filomena Mónica não hesita, e bem, em apontar os erros a quem tutelou a pasta da Educação, desde 1974. Depois do Estado Novo, as escolas e os docentes não estavam preparados para a entrada de uma massa de alunos para os quais a escola nada significava. É certo que o abandono escolar era, em 1974, uma realidade cruel, acrescida de uma taxa de analfabetismo que rondava os 35%. Os professores, diz-se nestes dois livros, estariam habituados a ensinar os filhos das classes mais abastadas, não os filhos das classes médias. Com sucessivos ministros empenhados em debitar leis, decretos e portarias, e outros documentos de um rigorismo ininteligível, a profissão docente, passados quarenta anos, é hoje o quê? Em síntese: uma profissão que se burocratizou. Em tese: uma profissão que nada tem que ver com a transmissão dos saberes. Formata-se, não se educa; padroniza-se, não se aprofundam conteúdos inter e transdisciplinares. Não admira que, maioritariamente, os alunos, do secundário à universidade, deplorem os currículos que emanam do ministério.
As aulas são, como escreve uma aluna, mais ou menos isto: “Barulho (vozes, risos, cadeiras e mesas arrastadas) [...], há pessoas sentadas nos parapeitos das janelas – com os pés em cima das cadeiras onde deveriam estar sentadas – a conversar.” Espelho da mentalidade vazia que grassa por entre docentes e discentes? A sala de aula reflecte a degradação (depravação, diria Cesário!) dos usos e costumes? Sim. Num dos diários que Maria Filomena Mónica analisa, lê-se: “Duas alunas pintam as unhas e quatro desenham gráficos nos diários. Um grupo joga às cartas. [...] Os telemóveis não param de tocar.” A socióloga, em face da realidade escolar, sintetiza: “É uma escola criminosa, indigna, estúpida. Que não suscita a curiosidade para aprender, que não ensina as crianças a pensar. [...] Tornou-se um desperdício de dinheiro.” Maria Filomena Mónica, ao aplicar uma adjectivação dura e directa – a escola é “criminosa”, “indigna”, estúpida”, é o lugar onde não se pensa –, vem dar força ao que, noutros momentos, foram meras constatações de quem, como professor, não ignora o que, agora, se diagnostica.
Mas, problematizando, essa escola que não se soube preparar para acolher, depois de 1974, as massas; essa escola onde hoje a classe docente não tem qualquer poder, não será, além de vítima das sucessivas medidas ministeriais, causadora da sua própria degradação? É certo que, enquanto instituição que deveria zelar por uma sólida formação, a escola nem ensina a ler nem ensina a contar. Oiçamos a Maria Filomena Mónica: “A cultura que os alunos adquirem ao longo de 12 anos é má. Há a ideia de que a escola tem de dar coisas que os alunos compreendem facilmente, como as telenovelas, os discos da Taylor Swift ou os livros do Harry Potter. Simplesmente para isso eles [os alunos] não precisam da escola.” A consequência é simples: os alunos que frequentam a escolaridade obrigatória “mal sabem ler e muito menos sabem interpretar o que lêem ou construir frases com sujeito, predicado e complemento”. A pergunta impõe-se: se os nossos alunos não sabem sequer o elementar, tal fica a dever-se exactamente a quê? Ao facto de os professores não terem tempo para a investigação e para a leitura? Eventualmente. Mas, sejamos francos, se os alunos não sabem ler e escrever, interpretar (inferir!), tal não resulta também da má preparação científica de quem ensina? Ninguém desmente que o ministério desconhece o terreno social em que interagem professores e alunos. Deixar em paz quem ensina, libertar a docência da profusão de regras e da burocracia, eis uma medida que qualquer ministro sensato deveria tomar. A par disso seria bom que as acções de formação, que tantos professores frequentam, fossem sobre leccionação de conteúdos insertos nos curricula e não acções sobre Powerpoint, sobre “estratégias de motivação” e “avaliação”, eufemismo para designar, no fundo, acções de formação que visam, de facto, padronizar os professores, formatá-los de modo a que a escola seja uma instituição que certifica, via exames, uma suposta aprendizagem de competências...
Entre 1974 e 2014, o que se fomentou foi, a meu ver, um pedagogismo de tal modo provinciano que ensinar é, sobretudo, “inventar estratégias”. O ranking escolar é paradigmático quanto à ideologia mecanicista que se impôs. Uma lógica de concurso, eis a que levaram os exames, com a concomitante – e nefasta – consequência entre estudantes e escolas, a saber: a desenfreada competitividade, corrompendo o espírito do acto de ensinar. A ideologia oca do nosso sistema de ensino mascara o vazio das aprendizagens com a aridez dos currículos e a subsequente ideia do professor como alguém que deve ser um “técnico” ou, quando não, do entertainer. Tal acontece por culpa do ministério? Sem dúvida. Retirou-se à figura docente o poder simbólico do saber e, sintomaticamente, falar-se hoje do professor como mestre pode levar ao escárnio. A mentalidade reinante que vê no docente ora um entertainer,ora um “técnico da educação” desvirtuou também a figura do professor. Reduziu-se, assim, o acto de ensinar à mera elaboração de fichas preparatórias para exame. Dar respostas-tipo, eis o que também desmotiva muitos professores que não se revêem no mercado lógico em que o ensino se tornou.
Queixam-se os professores, e com razão, da carga horária; dos programas escolares impraticáveis, seja pela extensão, seja pelo ridículo de muitas propostas didáctico-pedagógicas. Queixam-se das turmas com excessivos alunos e da lógica dos agrupamentos, não se percebendo que as diferentes fases do crescimento sociocognitivo de crianças não se compagina com a amálgama, a barafunda a que os agrupamentos levam. Lamentamo-nos de os alunos falarem e escreverem um português de caserna... Mas não estaremos nós perante a inescapável realidade de um sistema global que propositadamente anulou as diferenças reais entre quem aprende e quem ensina? Não espanta. Educados por uma televisão ditatorialmente banal, vítimas de uma cultura onde impera a vaidade, a tirania da ignorância e a boçalidade, os nossos estudantes sabem bem o que é andar na escola: é fazer cultura de café, é o jogar às cartas, o pintar as unhas. E, muitos deles nos perguntam, com dedo acusador: “De que me serve, se tudo é secante, andar na escola e empenhar-me?”
Professor e crítico literário

sábado, 22 de março de 2014

ISTO É MATEMÁTICA: "acabar de vez com mito" (6ª série)

Não sabia? Não se lembrou? Já era? Não faz mal. Não tem problema. A matemática é para isso mesmo, para resolver problemas, pois, convém lembrar, ela está em todo o lado, na vida nossa de todos os dias. Desta 6ª temporada, começada em 13 /01/2014, eis os 13 episódios desta 6ºsérie:

1. O Centro de Portugal
Neste episódio o matemático Rogério Martins nega o estatuto de "Centro de Portugal" ao famoso Pico da Melriça (em Vila de Rei), e vai para Mação à procura do verdadeiro centro geográfico de Portugal Continental.
http://www.youtube.com/watch?v=8RzAEW62gOw&feature=youtu.be
2. Noves Fora
Neste episódio o matemático Rogério Martins lê-lhe o pensamento. Sim, ele vai mesmo adivinhar no que está a pensar aí em casa.
Será isto mentalismo? Ou será apenas para falar sobre "noves fora" e raiz digital?  
3. Circo Matemático
Neste episódio o matemático Rogério Martins dá a conhecer o Circo Matemático. Um grupo de professores e estudantes de matemática que faz a sua missão de maravilhar, divertir e atrair o público para a Matemática. Como? Através de Magia.
http://www.youtube.com/watch?v=PmABW7tj8Fk#t=33
4. O Donuts Perfeito
Neste episódio o matemático Rogério Martins descansa da dura vida de apresentador matemático e relaxa enquanto pesca o seu jantar. Enquanto isso, o seu colega o Professor André Neves fala sobre: O Toro de Willmore.
https://www.youtube.com/watch?v=ZSb90CyNEQM&feature=youtu.be
5. O Milimétrico Pedro Nunes 
Neste episódio o matemático Rogério Martins vai a Alcácer do Sal visitar um famoso alcacerense: o matemático Pedro Nunes.
Para conhecer um dos contributos do maior matemático português de sempre, vamos falar de milímetros, sextantes e doçaria regional.
https://www.youtube.com/watch?v=SdihHVrvhyk&feature=youtu.be
6. A Matemática da Moral
Neste episódio o matemático Rogério Martins fala sobre a Matemática da Moral. Para tal, a polícia prendeu dois meliantes, e vai interrogá-los numa esquadra para ilustrar:o DIlema do Prisioneiro.
https://www.youtube.com/watch?v=rdDhp2ynvug&feature=youtu.be
7. A Fita de Moebius 
Neste episódio o matemática Rogério Martins fala de uma fita que não pode oferecer a outra face. E porquê? Porque não a tem para oferecer! Neste episódio vai conhecer... a fita de Moebius!
https://www.youtube.com/watch?v=aZZ_d-FF0Bc&feature=youtu.be
8. O Princípio do Pombal
Neste episódio o matemático Rogério Martins ensina como acertar em cinco resultados no totobola com apenas três apostas, e sem perceber um centavo de bola! Para tal, fala de pombos, cabelos, e do Princípio das gavetas de Dirichlet.
https://www.youtube.com/watch?v=IzaobO14ncA
9. O Código de Barras
Neste episódio o matemático Rogério Martins fala do código de barras - aquele rectângulo cheio de riscas que aparece nos rótulos de quase todos os produtos.
Afinal como funciona o código de barras ?
Para tal, vai a uma superfície comercial a fim de fazer as compras do mês.
https://www.youtube.com/watch?v=t5vSM_TUZek&feature=youtu.be
10. A Confiança Nas Sondagens
Neste Episódio o matemático Rogério Martins explica como interpretar uma sondagem. Para isso, fala de amostras aleatórias, margem de erro, e intervalos de confiança, mas também... de pastilhas elásticas.
https://www.youtube.com/watch?v=fJuOYmEgWNs
11. Erros de Cálculo
Neste episódio o matemático Rogério Martins fala sobre erros de cálculo! Há erros inocentes, outros dramáticos, e até há erros com piada. Hoje apresentamos cinco desses erros.
https://www.youtube.com/watch?v=GaKhSMwYTzg&feature=youtu.be
12. Profissão Matemático parte 1
Neste episódio o matemático Rogério Martins pergunta: O que faz um Matemático?
A resposta é dada por vários profissionais formados em Matemática. Que carreiras fizeram? Que emprego terão eles hoje? Vamos saber em...
https://www.youtube.com/watch?v=zj42yDXcGvg#t=573
13. Profissão Matemático parte 2
Neste episódio o matemático Rogério Martins continua a perguntar: o que faz um matemático? E a resposta é dada por vários profissionais licenciados em matemática, enquanto Rogério visita um mundo de profissões.
https://www.youtube.com/watch?v=sU3a6mdWnCo&feature=youtu.be

 
 

sábado, 18 de janeiro de 2014

ISTO É MATEMÁTICA: "acabar de vez com mito" (5ª série)

Não sabia? Não se lembrou? Já era? Não faz mal. Não tem problema. A matemática é para isso mesmo, para resolver problemas, pois, convém lembrar, ela está em todo o lado, na vida nossa de todos os dias. Desta 5ª temporada, começada em 23 /10/2013, eis os 13 episódios desta 5ºsérie:

1. Ronaldo e os Ângulos Inscritos
Neste episódio o matemático Rogério Martins fala de ângulos inscritos numa circunferência e de futebol. E para isso convidou um dos maiores especialistas mundiais da matéria: Cristiano Ronaldo. Na realidade não é bem o Cristiano Ronaldo, mas foi o melhor que conseguimos:
http://www.youtube.com/watch?v=U50VABuJnHI&feature=share&list=PLKTNxZkADYLvMEZi791P3Hf9hj7Q0voLL
2. A Escala Pitagórica
Neste episódio o matemático Rogério Martins explica o que é a escala Pitagórica. Para tal, fala de notas, quintas e oitavas... mas também de intervalos, consonantes e lobos. Cenas de músico.
http://www.youtube.com/watch?v=MYvaJrlpwKI&list=PLKTNxZkADYLvMEZi791P3Hf9hj7Q0voLL
3. o IMC
Neste episódio o matemático Rogério Martins fala da bitola dos desportistas. Que também é a angústia das mulheres... e aquilo que o actor Fernando Mendes ignora por completo: do Índice de Massa Corporal! Para isso, vamos conhecer uma fórmula... fazer umas contas... e correr um bocado numa passadeira. E Isto é Matemática.
http://www.youtube.com/watch?v=c_TnEqMmreY&list=PLKTNxZkADYLvMEZi791P3Hf9hj7Q0voLL
4. O Espirógrafo
Neste episódio o matemático Rogério Martins volta a falar da curva ciclóide para dar a conhecer toda a sua família. Para tal, fala de notas, guilloché e espirógrafos
http://www.youtube.com/watch?v=ieVefMuW2jA&list=PLKTNxZkADYLvMEZi791P3Hf9hj7Q0voLL
5. Fractais: Recriando o Universo
Neste episódio o matemático Rogério Martins fala de um dos elementos essenciais para compreender o universo: os fractais. Para tal, mostra onde eles estão na Natureza, enquanto passeia no jardim botânico de Lisboa... e joga consola
http://www.youtube.com/watch?v=c2iTZqvaNuE&list=PLKTNxZkADYLvMEZi791P3Hf9hj7Q0voLL
6. O Carro Com As Rodas Quadradas 
Neste episódio o matemático Rogério Martins tenta resolver um problema comum: o que fazer quando, ao bater num buraco na estrada, ficamos com a roda do carro "quadrada"?
http://www.youtube.com/watch?v=mZdMRQ4vqxI&list=PLKTNxZkADYLvMEZi791P3Hf9hj7Q0voLL
7. A Quarta Dimensão
Neste episódio o matemático Rogério Martins entra na quarta dimensão. Embora isto possa parecer algo saído da Twilight Zone, garantimos que é bem mais real do que parece! Entre connosco.
http://www.youtube.com/watch?v=4TnMMdT3VGw&list=PLKTNxZkADYLvMEZi791P3Hf9hj7Q0voLL
8. Ao Infinitamente Pequeno e Mais Aquém 
Neste episódio o matemático Rogério Martins faz uma pergunta curiosa: Será que podemos somar infinitas coisas, e ainda assim obter uma soma finita? Para responder brinca com quadrados, faz jogging e fala com o Zenão.
http://www.youtube.com/watch?v=jmgMK5JctPY&list=PLKTNxZkADYLvMEZi791P3Hf9hj7Q0voLL
9. O Estranho Mundo de Escher
Neste episódio o matemático Rogério Martins ensina como assentar azulejo. Matematicamente falando, é claro. Assim sendo, hoje verá azulejos, pavimentos e polígonos... mas também dará uma espreitadela ao estranho mundo de Escher.
http://www.youtube.com/watch?v=7ac0WC3tzwU&list=PLKTNxZkADYLvMEZi791P3Hf9hj7Q0voLL
10. Fenómenos Estroboscópios
Neste episódio o matemático Rogério Martins fala de fenómenos periódicos. Para tal, vai saltar numa cama elástica, dançar, correr numa passadeira, brincar com água... mas também, dedicar-se ao bricolage. Tudo isto, iluminado por uma luz estroboscópica
http://www.youtube.com/watch?v=zoSxI5SFT0E&list=PLKTNxZkADYLvMEZi791P3Hf9hj7Q0voLL
11. A Forma do Universo
Neste episódio o mtemático Rogério Martins fala sobre um dos grandes sonhos do Homem em relação ao cosmos: ver mais longe. Hoje, vamos levar esse sonho um bocadinho mais além e tentar perceber qual é a forma do Universo.
http://www.youtube.com/watch?v=xokuhkuPSr8&list=PLKTNxZkADYLvMEZi791P3Hf9hj7Q0voLL
12. Os Primos
Neste episódio o matemático Rogério Martins fala sobre números primos. A palavra primo vem aparentemente do latim Primus, que significa o primeiro ou o original. E neste episódio, você vai perceber que isto faz todo o sentido:
http://www.youtube.com/watch?v=FCMyFgUK5jM&list=PLKTNxZkADYLvMEZi791P3Hf9hj7Q0voLL
13. Monty Hall
Neste episódio o matemático Rogério Martins apresenta-lhe o famoso problema de Monty Hall. Para isso, reencena um popular concurso televisivo português dos anos 80 e 90.
http://www.youtube.com/watch?v=K0zrUomGGHY&list=PLKTNxZkADYLvMEZi791P3Hf9hj7Q0voLL

Isto é Matemática recebe prémio no Rio de Janeiro - Brasil
- http://www.clube.spm.pt/arquivo/2588
- http://www.verciencia.com.br/noticias/261/homenagem-especial-verciencia-2013-o-premio-deste-ano-e-para-a-serie-portuguesa-isto-e-matematica
- http://www.portugal.gov.pt/pt/os-ministerios/ministerio-da-educacao-e-ciencia/mantenha-se-atualizado/20131021-mec-premio-verciencia-2013.aspx

Muito merecido!
Alguma dúvida?
Não, não, cem dúvidas!

domingo, 12 de janeiro de 2014

FORMAÇÃO: Curso "Como estudar?"

PARTE I
Nesta vídeo-matéria serão analisados os principais conceitos envolvidos no bom estudo e no respectivo planejamento


PARTE II
Nesta vídeo-matéria detalharemos mais conceitos sobre como se organizar em diferentes prazos e o detalhamento da rotina diária.


PARTE III
Nesta vídeo-matéria falaremos sobre as diferenças entre aprender, fixar e revisar e suas respectivas importâncias. Mostraremos ainda a hierarquia do aprendizado, onde você aprenderá a tirar o máximo de proveito em cada uma das etapas dos seus estudos


PARTE IV
Nesta vídeo-matéria falaremos sobre os maiores - e piores - vícios nos estudos, e dicas gerais de como se estudar matérias exatas, humanas e biológicas.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

HISTÓRIA: As 100 maiores descobertas da história da Genética

Discovery Science - Das primeiras idéias sobre características herdadas em plantas ao completo sequenciamento do genoma humano, descubra porque certos traços são transmitidos entre famílias e espécies com a ciência genética.



segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

EDUCAÇÃO&FORMAÇÃO: Iniciativa "Não estão a sair miúdos com competências que empresas precisam"

Porque “não estão a sair das escolas miúdos” com “as competências que as empresas precisam” pelo que as maiores empresas nacionais vão fazer um levantamento das necessidades que têm para depois as entregarem às escolas. O objectivo é “adequar os conteúdos curriculares” às empresas, explica a secretária geral do Business Council for Sustainable Development (BCSD) ao Diário de Notícias (DN).
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