Passo a explicar. Para tal, servir-me-ei das palavras de Fernando Savater, filósofo e grande pedagogo espanhol, no seu livro "O Valor de Educar" [pp.52-54]. São elas que melhor dirão dos objectivos & intenções deste blogue. Ei-las:
«Em linhas gerais, a educação, orientada para a formação da alma e para a transmissão do respeito pelos valores morais e patrióticos foi sempre considerada de um nível superior ao da instrução, destinada a dar a conhecer competências técnicas ou teorias científicas. (...)
Em contraposição, educação versus instrução, parece hoje notavelmente obsoleta e bastante enganadora. (...). Sucede ainda que separar a educação da instrução se mostra não só indesejável, mas igualmente impossível, uma vez que não se pode instruir sem educar e vice-versa. Como poderemos transmitir valores morais ou de cidadania sem recorrermos a informações históricas, sem termos em conta as leis em vigor e o sistema de governo estabelecido, sem falarmos de outras culturas e países, sem reflectirmos, por elementarmente que seja, sobre a psicologia e a fisiologia humanas ou em empregarmos algumas noções de informação filosófica? E como poderemos instruir alguém em matéria de conhecimentos científicos, se não lhe inculcarmos o respeito por valores tão humanos como a verdade, a exactidão ou a curiosidade?». Ah e também de Pitágoras «eduquemos as crianças e não será necessário castigar os homens»

Coragem... pequeno soldado do imenso exército. Os teus livros são as tuas armas, a tua classe é a tua esquadra, o campo de batalha é a terra inteira, e a vitória é a civilização humana" (Amicis, Edmondo in Cuore)

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

ENSINO: Provas de aferição: alunos do 8º ano revelaram muitas dificuldades a Matemática e Português

Eles são um zero à esquerda
 
São mesmo. E à medida que vão passando de ano pioram. Uma espécie de “bons selvagens” de Rousseau. Ao princípio eles até sabem, mas com os anos vão sendo corrompidos pela escola, perdendo a capacidade de responder às perguntas sobre matemática.

E gramática também. Pelo menos é o que contam os resultados nacionais das provas de aferição. Se para os alunos do 2º e 5º ano os resultados até não foram muito maus, quando chegamos aos do 8º ano as coisas ficam negras.

Comecemos pelo Português. Dos alunos do 8º ano que realizaram as provas, — estas são aquelas que o ministro da Educação inventou a meio do ano depois de ter acabado (por embirração digo eu) com os exames nacionais — apenas 16,9% dos alunos conseguiram responder às perguntas de ‘Gramática’. E 22,8% às questões relativas à ‘Leitura’.

Já na matemática o panorama é relativamente…. pior. Ainda no 8º ano, 15,6% dos alunos não corresponderam ao que seria espectável em ‘Números e Operações’ e apenas 8,7% têm noções corretas de ‘Geometria e Medida’. Pode consultar aqui o resto dos resultados. Aviso já que as coisas no 2º e 5º ano não melhoram muito. A parte boa, se é que se pode encontrar alguma, é que as provas eram facultativas e por isso só 56% das escolas as fizeram. Ou seja, há esperança que naquelas que não as fizeram o estado das coisas seja um pouco melhor… ou não. Para o ano veremos pois já serão obrigatórias. Mas sempre sem contar para a nota.



Dados divulgados pelo Ministério da Educação não permitem saber quantos alunos chumbariam se a prova contasse para nota. Mas é possível perceber as áreas em que os estudantes do 2º, 5º e 8º anos têm mais dificuldades. E são muitas. Para saber mais, clicar AQUI 






Prova final: Maioria chumba na 2.ª fase a Português e Matemática
Mais de metade dos alunos do 9.º ano chumbaram na 2.ª fase da prova final de Português, assim como a maioria dos estudantes que fez a prova de Matemática, revelou hoje pelo Ministério da Educação (ME). Para saber mais clicar AQUI

domingo, 21 de agosto de 2016

EDUCAÇÃO/FORMAÇÃO: Ainda e sempre...

... a JMJ2016:

«...Para quem ainda pensa que a religião é o ópio do povo, as palavras de Francisco não poderiam ter sido mais realistas, nem mais incisivas, mobilizando os jovens católicos para uma presença mais activa na sociedade mundial: “O tempo que estamos agora a viver não precisa de jovens-sofá, mas de jovens com sapatos, melhor ainda, com as chuteiras calçadas. Só aceita jogadores titulares na equipa; não há lugar para suplentes!” ... “Sejamos conscientes da realidade. A dor, a guerra em que vivem muitos jovens não pode continuar a ser anónima, tem que deixar de ser uma mera notícia de imprensa, porque tem nomes, tem rostos, é uma história que tem que ter proximidade”. E, para que as suas palavras fossem corroboradas pelo exemplo, Francisco quis ouvir, na companhia de todos, o impressionante testemunho de Rand, um jovem sírio de Alepo. O Papa argentino comentou depois: “a nossa resposta a este mundo em guerra tem um nome: chama-se fraternidade”...».

Para saber mais clicar AQUI.