Passo a explicar. Para tal, servir-me-ei das palavras de Fernando Savater, filósofo e grande pedagogo espanhol, no seu livro "O Valor de Educar" [pp.52-54]. São elas que melhor dirão dos objectivos & intenções deste blogue. Ei-las:
«Em linhas gerais, a educação, orientada para a formação da alma e para a transmissão do respeito pelos valores morais e patrióticos foi sempre considerada de um nível superior ao da instrução, destinada a dar a conhecer competências técnicas ou teorias científicas. (...)
Em contraposição, educação versus instrução, parece hoje notavelmente obsoleta e bastante enganadora. (...). Sucede ainda que separar a educação da instrução se mostra não só indesejável, mas igualmente impossível, uma vez que não se pode instruir sem educar e vice-versa. Como poderemos transmitir valores morais ou de cidadania sem recorrermos a informações históricas, sem termos em conta as leis em vigor e o sistema de governo estabelecido, sem falarmos de outras culturas e países, sem reflectirmos, por elementarmente que seja, sobre a psicologia e a fisiologia humanas ou em empregarmos algumas noções de informação filosófica? E como poderemos instruir alguém em matéria de conhecimentos científicos, se não lhe inculcarmos o respeito por valores tão humanos como a verdade, a exactidão ou a curiosidade?». Ah e também de Pitágoras «eduquemos as crianças e não será necessário castigar os homens»

Coragem... pequeno soldado do imenso exército. Os teus livros são as tuas armas, a tua classe é a tua esquadra, o campo de batalha é a terra inteira, e a vitória é a civilização humana" (Amicis, Edmondo in Cuore)

terça-feira, 28 de março de 2017

EDUCAÇÃO&FORMAÇÃO: Intervenção do papa Francisco no estádio de San Siro, Milão,

Levem os vossos filhos ao parque para brincar depois da missa, pede papa aos pais
«Em vários lugares, muitas famílias têm uma tradição muito bela que é irem juntos à missa e depois vão a um parque, levam os filhos a brincar juntos. De maneira que a fé se torna uma exigência da família com outras famílias, com os amigos, famílias amigas. Isto é belo e ajuda a viver o mandamento de santificar as festas.» «Tendo isto presente: brincar com os filhos, "perder tempo" com os filhos, é também transmitir a fé. É a gratuidade, a gratuidade de Deus.». Para saber mais, clicar AQUI.
Educar com o pensar-sentir-fazer e estimular: Conselhos do papa para educadores
«Eu aconselharia uma educação baseada no pensar-sentir-fazer, isto é, uma educação com o intelecto, com o coração e com as mãos, três linguagens. Educar para a harmonia das três linguagens, de modo que os jovens, os rapazes, as raparigas, possam pensar o que sentem e fazem, sentir o que pensam e fazem e fazerem o que pensam e sentem. Não separar as três coisas, mas todas juntas. Não educar apenas com o intelecto: isto é dar noções intelectuais, que são importantes, mas sem o coração e sem as mãos, não serve.». Para saber mais, clicar AQUI.

segunda-feira, 27 de março de 2017

inPRENSA: Educação Moral e Religiosa Católica. "O nosso papel é deixá-los inquietos"

No ensino secundário os alunos só se inscrevem na disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica por vontade própria. Nas escolas públicas há pouco mais de 16 mil inscritos neste ciclo de ensino. Mas em toda a escolaridade obrigatória são 224 418 os alunos que o frequentam. Os professores e os alunos explicam que a religião é a última das razões para a escolha da disciplina. Para saber mais, clicar AQUI.

segunda-feira, 20 de março de 2017

EDUCAÇÃO&FORMAÇÃO: Papa Francisco aos jovens (8/9)





Mensagens para os jovens e também para adultos:


* Cuidemos do nosso coração, porque é de lá que sai o que é bom e mau em mim, o que serve para construir e para destruir.




* Aquilo de que necessitamos ter inveja é do seguinte: o sorriso fácil, a felicidade simples e sincera, a paz interior.




* Quando denegrimos e humilhamos o outro é porque precisamos que o outro seja rebaixado para nos sentirmos alguém.




* Há tanto barulho no mundo. Aprendamos a estar em silêncio dentro de nós e diante de Deus.




* O Criador não nos abandona, não faz marcha atrás no seu projecto de amor, não se arrepende de nos ter criado.




* Quando tudo se desmorona, só isto sustenta a esperança: Deus ama-nos, ama a todos.


* As nossas cidades estão a desertificar-se por falta de amor, por falta de sorrisos.




* O Evangelho lido e meditado em família é como um pão bom que alimenta o coração de todos.




* Ensinar a criança a rezar, a fazer o sinal da cruz: isto é a tarefa bela das mães e dos pais.


* É importante para a família fazer uma breve oração antes de comer, para dar graças pelos dons e para aprender a partilhar com quem mais necessita.


* É preciso treinar-se todos os dias ao perdão, para assim vencer o mal com bem, o ódio com o amor.


* O mais belo para um pai e uma mãe é a oportunidade de abençoar todos os dias os seus filhos, para os encomendar aos cuidados do Senhor.


* Deus usa de tanta misericórdia para connosco. Aprendamos também a usar de misericórdia para com os outros, especialmente aqueles que sofrem.


* Que o Senhor nos dê a graça de chorarmos pela nossa indiferença, pela crueldade que existe no mundo e em nós.


* Se queremos seguir Jesus Cristo de perto, não podemos levar uma vida cómoda e tranquila. Será uma vida empenhada mas cheia de alegria.


* Não se pode viver como cristão fora desta rocha que é Cristo. Ele dá-nos solidez e firmeza, mas também alegria e serenidade.


* Às vezes, sabemos o que devemos fazer, mas falta-nos a coragem. Aprendamos com Maria a capacidade de decidir, fiando-nos em Deus.


* Jesus não é somente um verdade e de vida. É um mestre de verdade e de vida, que revela o caminho para alcançar a felicidade.

domingo, 19 de março de 2017

inPRENSA

40% das escolas de áreas carenciadas têm mais sucesso do que a média nacional
http://www.dn.pt/portugal/interior/40-das-escolas-mais-carenciadas-tem-mais-sucesso-do-que-a-media-nacional-5675425.html?utm_term=Ecofin+devera+confirmar+cancelamento+da+multa+a+Portugal+e+Espanha&utm_campaign=Editorial&utm_source=e-goi&utm_medium=email
“Gerações futuras serão cada vez mais expostas a água, ar e comida contaminada"
http://rr.sapo.pt/noticia/76733/investigadores_alertam_geracoes_futuras_serao_cada_vez_mais_expostas_a_agua_ar_e_comida_contaminada?utm_medium=email&utm_source=newsletter
Solidão rima com agitação
http://rr.sapo.pt/artigo/77274/solidao_rima_com_agitacao?utm_medium=email&utm_source=newsletter
Para que servem as escolas?
http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/convidados/interior/para-que-servem-as-escolas-5704122.html
10 razões para limitar a exposição dos menores de 12 anos a telemóveis, tablets e afins
http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2017-03-02-10-razoes-para-limitar-a-exposicao-dos-menores-de-12-anos-a-telemoveis-tablets-e-afins
Tautau na democracia
http://www.jn.pt/opiniao/david-pontes/interior/tautau-na-democracia-5716237.HTML
Yoga na escola pode ajudar crianças hiperactivas
https://ionline.sapo.pt/554096








quinta-feira, 16 de março de 2017

COMEMORAÇÃO: Testes para celebrar o Dia do Pi

Foi anteontem dia 14, mas porque «mais vale tarde do que nunca» AQUI vão eles.
E porquê um "Dia do Pi"? Para o saber, clicar AQUI.

domingo, 5 de março de 2017

EDUCAÇÃO&FORMAÇÃO: Dois textos ...

... obrigatórios, porque oportunos e_____________. Este de Nara Rúbia Ribeiro:


Todo pai ou mãe, ao ver-se na condição de esperar pela chegada de um filho, passa a observar com outros olhos o mundo que o rodeia. Lembro-me que durante a gravidez repetia constantemente, enquanto ouvia os noticiários e acariciava a minha barriga, os versos de Sophia Andresen: “Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo”…Essa dolorosa constatação da fragilidade de tudo o que nos cerca muitas vezes faz com que passemos a confundir esse amor infinito com apego demasiado. Na ilusão de que possamos protegê-los da dor e das angústias dos nossos tempos, passamos a cercar os nossos filhos de cuidados excessivos, presentes desnecessários – não raro meros caprichos – e nem paramos para refletir se os nossos gestos e as nossas palavras estão a forjar homens e mulheres resilientes e nobres.Na ânsia do “ser para eles”, esquecemo-nos de “ser com eles”. Incitar-lhes, na convivência, a força, a determinação, a autonomia, a reflexão ética.Içami Tiba, em seu maravilhoso livro “Quem Ama, Educa”, nos dá uma bela orientação sobre a arte da paternidade:
“A arte de ser mãe e pai é educar os filhos para que se tornem afetivamente autônomos, financeiramente independentes e cidadãos éticos do mundo. Quanto mais competentes educadores os pais forem, menos necessários se tornarão eles para os filhos, e o vínculo afetivo será mantido eternamente em nome da saudável integração relacional.”Em face dessas palavras, mesmo diante da nossa impotência de dar aos nossos filhos o mundo que gostaríamos de lhes oferecer, pasamos a compreender que podemos entregar ao mundo humanos que sintam preparados para enfrentar as fragilidades dos “tempos líquidos” em vivemos. E que não nos sintamos inúteis, quando desnecessários. Afinal, é para o mundo, e não para nós mesmos, que criamos e educamos os nossos filhos.
E este “Estamos todos numa solidão e numa multidão ao mesmo tempo”. Zygmunt Bauman

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman declara que vivemos em um tempo que escorre pelas mãos, um tempo líquido em que nada é para persistir. Não há nada tão intenso que consiga permanecer e se tornar verdadeiramente necessário. Tudo é transitório. Não há a observação pausada daquilo que experimentamos, é preciso fotografar, filmar, comentar, curtir, mostrar, comprar e comparar. O desejo habita a ansiedade e se perde no consumismo imediato. A sociedade está marcada pela ansiedade, reina uma inabilidade de experimentar profundamente o que nos chega, o que importa é poder descrever aos demais o que se está fazendo. Em tempos de Facebook e Twitter não há desagrados, se não gosto de uma declaração ou um pensamento, deleto, desconecto, bloqueio. Perde-se a profundidade das relações; perde-se a conversa que possibilita a harmonia e também o destoar. Nas relações virtuais não existem discussões que terminem em abraços vivos, as discussões são mudas, distantes. As relações começam ou terminam sem contato algum. Analisamos o outro por suas fotos e frases de efeito. Não existe a troca vivida. Ao mesmo tempo em que experimentamos um isolamento protetor, vivenciamos uma absoluta exposição. Não há o privado, tudo é desvendado: o que se come, o que se compra; o que nos atormenta e o que nos alegra. O amor é mais falado do que vivido. Vivemos um tempo de secreta angústia. Filosoficamente a angústia é o sentimento do nada. O corpo se inquieta e a alma sufoca. Há uma vertigem permeando as relações, tudo se torna vacilante, tudo pode ser deletado: o amor e os amigos.