Passo a explicar. Para tal, servir-me-ei das palavras de Fernando Savater, filósofo e grande pedagogo espanhol, no seu livro "O Valor de Educar" [pp.52-54]. São elas que melhor dirão dos objectivos & intenções deste blogue. Ei-las:
«Em linhas gerais, a educação, orientada para a formação da alma e para a transmissão do respeito pelos valores morais e patrióticos foi sempre considerada de um nível superior ao da instrução, destinada a dar a conhecer competências técnicas ou teorias científicas. (...)
Em contraposição, educação versus instrução, parece hoje notavelmente obsoleta e bastante enganadora. (...). Sucede ainda que separar a educação da instrução se mostra não só indesejável, mas igualmente impossível, uma vez que não se pode instruir sem educar e vice-versa. Como poderemos transmitir valores morais ou de cidadania sem recorrermos a informações históricas, sem termos em conta as leis em vigor e o sistema de governo estabelecido, sem falarmos de outras culturas e países, sem reflectirmos, por elementarmente que seja, sobre a psicologia e a fisiologia humanas ou em empregarmos algumas noções de informação filosófica? E como poderemos instruir alguém em matéria de conhecimentos científicos, se não lhe inculcarmos o respeito por valores tão humanos como a verdade, a exactidão ou a curiosidade?». Ah e também de Pitágoras «eduquemos as crianças e não será necessário castigar os homens»

Coragem... pequeno soldado do imenso exército. Os teus livros são as tuas armas, a tua classe é a tua esquadra, o campo de batalha é a terra inteira, e a vitória é a civilização humana" (Amicis, Edmondo in Cuore)

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO & EDUCAÇÃO: Encontro europeu de Taizé. Milhares de jovens vão passar o ano em oração

O encontro de final de ano começa esta segunda-feira em Valência, Espanha, e termina a 1 de Janeiro. Participantes receberam uma carta do Papa Francisco. Para ler mais clique aqui.
Muito gosto eu de ver os jovens nestas "andanças".

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

inPRENSA & ENSINO:

Suspender metas curriculares? Sim, mas não para já
PCP pede fim imediato das regras de avaliação dos alunos. Governo diz que só faz mudanças depois de avaliação científica. Para ler mais clique aqui.
Cientistas desenvolvem a primeira teoria matemática do humor
http://zap.aeiou.pt/cientistas-desenvolvem-a-primeira-teoria-matematica-do-humor-95319
Matemática troca as volta aos vírus e às bactérias
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=520885
Matemática ajuda a combater infeções
Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro descobriu um algoritmo que ajuda a combater infeções em simultâneo pelo vírus VIH, que causa a sida, e pela bactéria da tuberculose. O modelo prevê a influência dos tratamentos na evolução do estado de saúde dos pacientes, a médio e longo prazo. Assim, os médicos podem traçar prioridades e decidir quem deve ser tratado, como e durante quanto tempo, de forma a reduzir ao mínimo o número dos infetados a desenvolver ativamente as duas doenças.
O modelo ajuda a escolher quem “deve fazer o tratamento para ambas as doenças ou apenas uma delas, considerando situações de escassez de meios para o tratamento de toda a população infetada”, explicou Delfim Torres, coautor do estudo, com Cristiana Silva.
O algoritmo divide a população em classes, de acordo com o estado de saúde de cada pessoa em relação a cada uma das duas infeções. (in JN de 2 de Dezembro de 2015) 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO & ENSINO: Estes adultos estão loucos...

Ainda não percebi bem o que querem de mim...

Nasci porque a minha mamã queria ser Mãe e o meu papá queria ser Pai.

Mas não pensaram se eu quereria ser o filho deles a tempo inteiro.

E eles, afinal, não tinham tempo para mim.

Mas fizeram-me nascer na mesma.

Agora sou bebé, passo 8 ou 9 horas por dia na creche, até que a minha mãe (quase sempre) ou o meu pai, me venham buscar.

Chego a casa cansado, bem como os meus pais; eles olham para mim, dizem blá-blá-blá, eu rio-me, eles também e depois metem-me na cama.

Ando assim 5 ou 6 anos.

Depois começo a frequentar a escola.
Entro logo de manhã, às vezes debaixo de chuva, vento e muito frio e estou dentro da escola, 6 ou 7 horas, até que a minha mãe (quase sempre) me venha buscar.

Em casa, faço os TPC's., com a ajuda possível dos meus pais, que estão cansados, frustrados, revoltados com o trabalho, cujos salários mal dão para vivermos com dignidade, até que chega a hora do jantar, feito pela minha mãe.

Depois olham para mim, com os olhos cansados, mas ainda com energia para dizerem blá-blá-blá. Eu ainda me rio, eles também, lavo os dentes e vou para a cama.
Ando assim mais 4 anos.

Entro na escola secundária. Tenho muitos professores e muitas disciplinas. Fico lá 6 ou 7 horas, até tocar para a saída.
Nos primeiros tempos ainda espero pelo meu pai (é ele que tem o carro) e vou para a casa.
Mas, alguns 3 ou 4 anos depois, já regresso sozinho.
Apanho os transportes públicos, cheios de adultos que até me pisam para entrarem primeiro do que eu, mostro o "passe" e chego a casa, cansado! Beijo o meu pai, também cansado, beijo a minha mãe que está na cozinha, também fatigada e tento fazer os TPC's. Por vezes adormeço e muitas vezes não consigo fazê-los.E então já sei que os professores vão escrever um "recado" ao meu pai. E depois vou ser castigado.
Mesmo que esteja cansado! No dia seguinte, o professor grita comigo e pergunta se os meus pais não têm tempo para me dar educação.
Eu não respondo, mas apetece-me!

Alguns dos meus colegas, respondem!
E os professores dizem que não são educadores.
Que os educadores deviam ser os pais.

Só que os professores estão comigo 7 horas por dia, se não faltarem às aulas.
Os meus pais, estão comigo, talvez, 2 ou 3 horas por dia, o resto é para comer e dormir.
Fico a pensar, quem é que me poderá educar?

Acho que os adultos estão loucos!

Vou começar a fazer uma birra!
Talvez me olhem de outra maneira...
Acho que vou começar a fumar nas traseiras da escola.
Está lá a malta da turma.
Eles até não se importam de "partilhar aqueles cigarros que eles próprios fazem".
Eles dizem que aquilo é um paraíso. Talvez experimente.

Os professores não vão dizer nada porque não são meus educadores.
Os meus pais não vão dizer nada porque na escola ninguém tem obrigação de me vigiar e em casa os meus pais estão cansados e só estão comigo (acordados) 2 ou 3 horas.

Os adultos dizem que eu sou mal-educado mas não é verdade, eu não tenho mesmo nenhuma educação.
Porquê?
Porque os adultos não têm tempo!

NOTA:Não tenho nada contra os Pais ou os Professores, mas tenho contra esta Sociedade desequilibrada!

          

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

ENSINO&UTILIDADES: Matemática ensina a melhor forma de embrulhar presentes

Dificuldade em embrulhar embalagens ovais ou em forma de triângulo? Veja o vídeo aqui e aprenda a fazê-lo de uma forma muito simples.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

ENSINO: Aprender a ler mais cedo: a pressão do sucesso começa no pré-escolar

Pediatras defendem que não se deve forçar o desenvolvimento das crianças. Educadores dizem que seguem o ritmo de cada um. Sair do pré-escolar a ler não é uma meta, asseguram, mas estudo americano indica o contrário. Para ler mais clicar aqui.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

inPRENSA: “Esqueçam tudo o que aprenderam na escola sobre Matemática”

E aqui está uma história totalmente diferente, como diriam os Monty Python: Edward Frenkel, um dos grandes matemáticos da atualidade, russo a viver nos EUA, diz que esta disciplina se ensina como se a terra fosse plana. “Esqueçam tudo o que aprenderam na escola sobre matemática” diz ele.

sábado, 12 de dezembro de 2015

inPRENSA: ranking das escolas

No ensino secundário confirma-se o domínio cada vez mais absoluto das escolas privadas, que ocupam os primeiros 36 lugares. Ler mais aqui aqui e, porque «não há duas sem três», ainda mais aqui. Chega?
- Não?! Então mais este, esse, aquele e basta!
- Oh não, só mais uma.
- Ok! Aqui, ali, acolá, além e "c'est fini"!
Pelos vistos «cada cabeça sua sentença».

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

DIDÁCTICA: A descoberta. Lego para ensinar matemática

Como se não bastasse o Lego ser um brinquedo espectacular, uma professora encontrou uma outra utilidade para estas peças coloridas, com fins educacionais e de desenvolvimento. Ler mais em:

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

LIVRO&LEITURA: Livro «perigoso», como «fogo», que não é para ficar a «encher-se de pó»

«Amo a minha velha Bíblia, que me acompanhou metade da minha vida. Viu a minha alegria, foi banhada pelas minhas lágrimas: é o meu tesouro inestimável. Vivo dela e por nada do mundo me desfarei dela.». Ler mais em: http://www.snpcultura.org/papa_prefacia_biblia_para_jovens.html

sábado, 5 de dezembro de 2015

inPRENSA:...alargar o ensino profissional ao básico...

PS arrasa aposta educativa do anterior governo
Vai acabar o ensino vocacional do 5.º ao 9.º ano. O básico volta a ser "integrado, global e comum a todas as crianças". Ler mais em:
Uma alternativa
Empurrar os miúdos para longe de uma oportunidade de vida melhor. Foi assim que foi sempre vista a ideia do anterior ministro da Educação de - chamou-se-lhe vocacional porque o objetivo era que seguissem a sua vocação logo a partir dos 13 anos. Não haverá muitas pessoas que, com essa idade, sejam capazes de dizer o que querem fazer para o resto da vida, mas pais, professores e até os próprios miúdos cedo descobrem as suas áreas de interesse. Será assim tão perverso pretender que crianças que chumbem três vezes antes de chegar ao 10.º ano sejam encaminhadas para um tipo de ensino diferente? Ler mais em:
http://www.dn.pt/opiniao/editoriais/interior/uma-alternativa-4916636.html

Comentário: esta é já a 2ª asneira do Ministério da Educação deste XXI governo! - minha opinião.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

ENSINO: Oh Mãe, a escola é longe?

Imaginem-se, Pais&alunos do chamado mundo desenvolvido em geral - Portugal incluído - em determinadas zonas da China, do Sri Lanka, da Colômbia, das Filipinas, da Índia, da Indonésia, dos Himalaias, da Birmânia, em particular. Que tal? - «Para bom endendedor meia palavra basta»!