Passo a explicar. Para tal, servir-me-ei das palavras de Fernando Savater, filósofo e grande pedagogo espanhol, no seu livro "O Valor de Educar" [pp.52-54]. São elas que melhor dirão dos objectivos & intenções deste blogue. Ei-las:
«Em linhas gerais, a educação, orientada para a formação da alma e para a transmissão do respeito pelos valores morais e patrióticos foi sempre considerada de um nível superior ao da instrução, destinada a dar a conhecer competências técnicas ou teorias científicas. (...)
Em contraposição, educação versus instrução, parece hoje notavelmente obsoleta e bastante enganadora. (...). Sucede ainda que separar a educação da instrução se mostra não só indesejável, mas igualmente impossível, uma vez que não se pode instruir sem educar e vice-versa. Como poderemos transmitir valores morais ou de cidadania sem recorrermos a informações históricas, sem termos em conta as leis em vigor e o sistema de governo estabelecido, sem falarmos de outras culturas e países, sem reflectirmos, por elementarmente que seja, sobre a psicologia e a fisiologia humanas ou em empregarmos algumas noções de informação filosófica? E como poderemos instruir alguém em matéria de conhecimentos científicos, se não lhe inculcarmos o respeito por valores tão humanos como a verdade, a exactidão ou a curiosidade?». Ah e também de Pitágoras «eduquemos as crianças e não será necessário castigar os homens»

Coragem... pequeno soldado do imenso exército. Os teus livros são as tuas armas, a tua classe é a tua esquadra, o campo de batalha é a terra inteira, e a vitória é a civilização humana" (Amicis, Edmondo in Cuore)

domingo, 29 de maio de 2016

ENSINO: "não sei, não consigo e não sou capaz"

Todas as crianças têm um bocadinho de medo ao chegarem à hora de mostrarem do que são capazes. E isso não é mau. Mas há crianças que, de medo em medo, ficam tão assustadiças que passam a ter medo... de ter medo.
E aqui, sim, tudo se complica. Sobretudo quando todos os momentos dedicados aos trabalhos de casa e a breves passagens por um livro ou outro são acompanhadas por reivindicações, mais ou menos desesperadas, de "não sei, não consigo e não sou capaz!" (que acabam no mais famoso de todos os adocicados desabafos maternos: "ele só trabalha se estiver ao pé de mim...").
Pelo caminho, foram ficando os primeiros sinais de que alguma coisa teria de mudar: ou através da forma como, à medida que iam reclamando que tudo era difícil, as crianças foram fazendo escolhas de conveniência, sempre com o "mais fácil" à frente de tudo; ou da maneira como, sejam as perguntas de desenvolvimento ou as composições escritas, elas vão oscilando entre respostas que variam entre o "minimalista" e o telegráfico. Para continuar a ler, clicar AQUI

sábado, 28 de maio de 2016

inPRENSA:

Ensinar matemática e dar uma mesada é uma boa forma de introduzir o dinheiro às crianças. Para saber mais, clicar AQUI.


Em Portugal, 14% dos alunos dizem sentir-se infelizes na escola e, segundo um estudo do Conselho Nacional de Educação (CNE), os estudantes menos felizes têm piores resultados académicos. Para saber mais, clicar AQUI.


As crianças de uma aldeia chinesa enfrentam um penhasco de 800 metros para conseguir ir à escola. Para saber mais, clicar AQUI ou AQUI.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

REFLEXÃO/MEDITAÇÃO/ATENÇÃO: Jovens entre incredulidade e (novo) fascínio da fé

«Na tua opinião, o que há de belo no crer?». Dos 150 inquiridos, só oito responderam que não há nada de belo. Para os outros 142, crentes ou não crentes, crer é belo porque dá esperança, permite nunca sentir-se só, ter um sentido para a própria vida. Dito por jovens que não acreditam, parece revelar uma nostalgia de Deus que comove e faz pensar. Para saber mais, clicar AQUI.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

inPRENSA: O papel principal

Os exames, o número de alunos por turma, os horários, a carga letiva e não letiva, os manuais, as horas de trabalho dos professores e as horas de estudo dos alunos. Discute-se tudo em educação exceto a própria educação. O que requer uma reflexão profunda e urgente - a forma desajustada da realidade como tentamos ensinar os miúdos, recorrendo a métodos com mais de 50 anos num mundo que se alterou radicalmente - é o único tema que parece não merecer a atenção entre quem define o que é preciso meter na cabeça das crianças. Para continuar a ler, clicar AQUI.

terça-feira, 24 de maio de 2016

ENSINO: Jogos digitais são cada vez mais usados nas escolas

Se o mundo em que as crianças crescem é digital, o ensino caminha para lá. Só neste ano, o governo lançou iniciativa, combinando programação e jogos, para 27 mil alunos. Para continuar a ler, clicar AQUI.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

inPRENSA: Portugal tem quatro campeões mundiais em cálculo mental

Quatro estudantes portugueses, dois deles de Abrantes, conquistaram este ano o título de campeões mundiais de cálculo mental no SuperTmatic, nos respetivos escalões, tendo João Bento, de 14 anos, conquistado o título mundial pelo terceiro ano consecutivo. Para saber mais, clicar AQUI.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

FORMAÇÃO: Papa desafia jovens insatisfeitos com «consumismo» a deixar tudo e a «queimar» a vida

«Queria dizer aos rapazes e às raparigas de hoje que não se sentem bem – “não sou muito feliz com esta cultura do consumismo, do narcisismo”: Olhai o horizonte. Olhai para lá, olhai para estes nossos missionários.» «[“Queimar”] é uma palavra um pouco dura, mas a vida vale a pena vivê-la. Mas para a viver bem, é preciso queimá-la no serviço, no anúncio, e ir em frente.». Para saber mais, clicar AQUI.

terça-feira, 17 de maio de 2016

FORMAÇÃO:“A República de Abril ofereceu as liberdades mas esqueceu-se de criar cidadãos”

Ramalho Eanes foi o grande homenageado no encontro com jovens que marcou o arranque das comemorações dos 40 anos das primeiras eleições presidenciais. Pediu que o provocassem, mas foi ele o maior provocador...Ramalho Eanes, o primeiro Presidente da República em democracia (1976-1986), defende que a revolução de abril "oferece todas as liberdades, mas esqueceu-se que é necessário criar cidadãos". Para saber mais, clicar AQUI.


Apesar dos progressos feitos, falta cumprir a democracia e essa passa por um trabalho de formação cívica que deve iniciar-se bem cedo e que mal irá se se limitar a um conjunto de informações e conhecimentos sobre o funcionamento das sociedades democráticas. Para saber mais, clicar AQUI.

domingo, 1 de maio de 2016

inPRENSA: Aprender a aprender

Aprender a gostar de ler. É esta a competência mais importante que um professor tem de passar aos alunos. Não importa se a aula é de Português, de História ou de Matemática, saber ler - não juntar letras mas entender, interpretar, imaginar - é fundamental. Não é que seja impossível, mas sem esse talento é dez vezes mais difícil desvendar a solução dos problemas matemáticos, perceber a história universal, saber porque faz mais calor em África do que na Islândia. Para continuar a ler, clicar AQUI.