Passo a explicar. Para tal, servir-me-ei das palavras de Fernando Savater, filósofo e grande pedagogo espanhol, no seu livro "O Valor de Educar" [pp.52-54]. São elas que melhor dirão dos objectivos & intenções deste blogue. Ei-las:
«Em linhas gerais, a educação, orientada para a formação da alma e para a transmissão do respeito pelos valores morais e patrióticos foi sempre considerada de um nível superior ao da instrução, destinada a dar a conhecer competências técnicas ou teorias científicas. (...)
Em contraposição, educação versus instrução, parece hoje notavelmente obsoleta e bastante enganadora. (...). Sucede ainda que separar a educação da instrução se mostra não só indesejável, mas igualmente impossível, uma vez que não se pode instruir sem educar e vice-versa. Como poderemos transmitir valores morais ou de cidadania sem recorrermos a informações históricas, sem termos em conta as leis em vigor e o sistema de governo estabelecido, sem falarmos de outras culturas e países, sem reflectirmos, por elementarmente que seja, sobre a psicologia e a fisiologia humanas ou em empregarmos algumas noções de informação filosófica? E como poderemos instruir alguém em matéria de conhecimentos científicos, se não lhe inculcarmos o respeito por valores tão humanos como a verdade, a exactidão ou a curiosidade?». Ah e também de Pitágoras «eduquemos as crianças e não será necessário castigar os homens»

Coragem... pequeno soldado do imenso exército. Os teus livros são as tuas armas, a tua classe é a tua esquadra, o campo de batalha é a terra inteira, e a vitória é a civilização humana" (Amicis, Edmondo in Cuore)

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

ENSINO : EM DEFESA DA DISCIPLINA DE CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO

 Às vezes, gosto de pensar que já nada conseguirá surpreender-me. Estudei mais, vivi mais, reflecti mais, e por isso, adoro arranjar explicações para tudo, mas a verdade é que ainda dou comigo a ficar admirada com posições de pessoas que considero, e que mostram que afinal não as conhecia tão bem como imaginava. Não é o facto de constatar que há demasiados temas que não são consensuais, ao contrário do que se apregoa. Habituei-me a analisar bem afirmações relativas aos direitos da Criança e essa conclusão é, para mim, lamentavelmente, óbvia. A concordância é demasiadas vezes, meramente aparente e basta um olhar mais atento para nos apercebermos das divergências profundas e de essência, que algumas discussões encerram. Para saber mais clicar AQUI.

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