Passo a explicar. Para tal, servir-me-ei das palavras de Fernando Savater, filósofo e grande pedagogo espanhol, no seu livro "O Valor de Educar" [pp.52-54]. São elas que melhor dirão dos objectivos & intenções deste blogue. Ei-las:
«Em linhas gerais, a educação, orientada para a formação da alma e para a transmissão do respeito pelos valores morais e patrióticos foi sempre considerada de um nível superior ao da instrução, destinada a dar a conhecer competências técnicas ou teorias científicas. (...)
Em contraposição, educação versus instrução, parece hoje notavelmente obsoleta e bastante enganadora. (...). Sucede ainda que separar a educação da instrução se mostra não só indesejável, mas igualmente impossível, uma vez que não se pode instruir sem educar e vice-versa. Como poderemos transmitir valores morais ou de cidadania sem recorrermos a informações históricas, sem termos em conta as leis em vigor e o sistema de governo estabelecido, sem falarmos de outras culturas e países, sem reflectirmos, por elementarmente que seja, sobre a psicologia e a fisiologia humanas ou em empregarmos algumas noções de informação filosófica? E como poderemos instruir alguém em matéria de conhecimentos científicos, se não lhe inculcarmos o respeito por valores tão humanos como a verdade, a exactidão ou a curiosidade?». Ah e também de Pitágoras «eduquemos as crianças e não será necessário castigar os homens»

Coragem... pequeno soldado do imenso exército. Os teus livros são as tuas armas, a tua classe é a tua esquadra, o campo de batalha é a terra inteira, e a vitória é a civilização humana" (Amicis, Edmondo in Cuore)

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

inPRENSA: Carregadores de ensino

Quem é pai está habituado ao ritual: faz-se a mochila de véspera, recheada dos manuais das disciplinas desse dia, livros de exercícios dessas disciplinas, cadernos, capas, estojos. E isto só para falar do material escolar. Há que juntar o lanche (manhã e tarde, nalgumas ocasiões), uma garrafa de água, uma ou outra peça de vestuário e a tralha avulsa que os miúdos acumulam contra a nossa vontade e apesar da nossa supervisão. Nos dias de Educação Física, há que juntar outro saco ao martírio. De cada vez que pegamos na mochila dos nossos filhos, sobretudo se eles frequentarem entre o 5.º e o 8.º anos, sentimos, também, o peso da nossa responsabilidade nos ombros deles. A idade da inocência é a idade da resistência. O saber ocupa um lugar tão oneroso que pode deixar mazelas físicas. Para saber mais, clicar AQUI.

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