Passo a explicar. Para tal, servir-me-ei das palavras de Fernando Savater, filósofo e grande pedagogo espanhol, no seu livro "O Valor de Educar" [pp.52-54]. São elas que melhor dirão dos objectivos & intenções deste blogue. Ei-las:
«Em linhas gerais, a educação, orientada para a formação da alma e para a transmissão do respeito pelos valores morais e patrióticos foi sempre considerada de um nível superior ao da instrução, destinada a dar a conhecer competências técnicas ou teorias científicas. (...)
Em contraposição, educação versus instrução, parece hoje notavelmente obsoleta e bastante enganadora. (...). Sucede ainda que separar a educação da instrução se mostra não só indesejável, mas igualmente impossível, uma vez que não se pode instruir sem educar e vice-versa. Como poderemos transmitir valores morais ou de cidadania sem recorrermos a informações históricas, sem termos em conta as leis em vigor e o sistema de governo estabelecido, sem falarmos de outras culturas e países, sem reflectirmos, por elementarmente que seja, sobre a psicologia e a fisiologia humanas ou em empregarmos algumas noções de informação filosófica? E como poderemos instruir alguém em matéria de conhecimentos científicos, se não lhe inculcarmos o respeito por valores tão humanos como a verdade, a exactidão ou a curiosidade?». Ah e também de Pitágoras «eduquemos as crianças e não será necessário castigar os homens»

Coragem... pequeno soldado do imenso exército. Os teus livros são as tuas armas, a tua classe é a tua esquadra, o campo de batalha é a terra inteira, e a vitória é a civilização humana" (Amicis, Edmondo in Cuore)

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Juventude à deriva: A traição dos adultos, o cinzentismo da Igreja

Muitos objetam que este não é o momento de pensar em grandes perspetivas, e que já é difícil gerir as urgências imediatas. Era o que já se dizia antes da pandemia e do plano de recuperação. Pelos vistos, nunca é o momento para a reviravolta nos valores, na justiça, na refundação da sociedade. Na verdade, nesta retoma trata-se de decidir em que parâmetros concretizá-la. E, sobretudo, abrir aos nossos jovens novos horizontes de esperança. Se queremos evitar que permaneçam mutilados da dimensão que desde sempre é a mais característica das novas gerações, a do futuro, ou que sejam induzidos a subvertê-la na furiosa reivindicação do passado. Para saber mais clicar AQUI.

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