Passo a explicar. Para tal, servir-me-ei das palavras de Fernando Savater, filósofo e grande pedagogo espanhol, no seu livro "O Valor de Educar" [pp.52-54]. São elas que melhor dirão dos objectivos & intenções deste blogue. Ei-las:
«Em linhas gerais, a educação, orientada para a formação da alma e para a transmissão do respeito pelos valores morais e patrióticos foi sempre considerada de um nível superior ao da instrução, destinada a dar a conhecer competências técnicas ou teorias científicas. (...)
Em contraposição, educação versus instrução, parece hoje notavelmente obsoleta e bastante enganadora. (...). Sucede ainda que separar a educação da instrução se mostra não só indesejável, mas igualmente impossível, uma vez que não se pode instruir sem educar e vice-versa. Como poderemos transmitir valores morais ou de cidadania sem recorrermos a informações históricas, sem termos em conta as leis em vigor e o sistema de governo estabelecido, sem falarmos de outras culturas e países, sem reflectirmos, por elementarmente que seja, sobre a psicologia e a fisiologia humanas ou em empregarmos algumas noções de informação filosófica? E como poderemos instruir alguém em matéria de conhecimentos científicos, se não lhe inculcarmos o respeito por valores tão humanos como a verdade, a exactidão ou a curiosidade?». Ah e também de Pitágoras «eduquemos as crianças e não será necessário castigar os homens»

Coragem... pequeno soldado do imenso exército. Os teus livros são as tuas armas, a tua classe é a tua esquadra, o campo de batalha é a terra inteira, e a vitória é a civilização humana" (Amicis, Edmondo in Cuore)

domingo, 23 de setembro de 2018

EDUCAÇÃO&FORMAÇÃO espiritual: Hino da Caridade

Já agora que Bono dos U2 se referiu a São Paulo nestes termos AQUI, como "a pessoa que melhor escreveu sobre o amor na era cristã", quero referir-me ao mesmo S. Paulo, como a pessoa que, quanto a mim, melhor definiu a caridade, o chamado Hino da Caridade. Assim desta forma AQUI. O afastamento&esquecimento lamentável, ao longo do tempo, deste conceito é que terá levado, por exemplo, a este "Vamos brincar à caridadezinha". Da constatação à contestação generalizada e interiorizada assim desta virtude, foi um passo de gigante em corrida. Tal como Bono gosta de São Paulo eu também gosto. Tanto assim que, passe a confidência pessoal, é sobretudo dele que me lembro, concretamente do seu processo de conversão, quando alguma dúvida de fé me assalta e tenta. Como é possível que um judeu, Saulo de Tarso, feroz perseguidor dos primeiros cristãos em Jerusalém, tendo até sido o responsável pelo assassinato à pedrada do primeiro mártir cristão, São Estêvão, se transformou em Paulo de Tarso " um dos mais influentes escritores do cristianismo primitivo, cujas obras compõem parte significativa do Novo Testamento. A influência que exerceu no pensamento cristão, chamada de "paulinismo", foi fundamental por causa do seu papel como preeminente apóstolo do Cristianismo durante a propagação inicial do Evangelho pelo Império Romano."? Sendo a sua conversão comprovadamente real&histórica, Providência&Trancendência a única explicação! - só pode. Mais, não foi por acaso que o papa, agora emérito, Bento XVI, a 28 de Junho de 2008, abre um ano dedicado a S. Paulo (Ano Paulino), juntamente com o patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I.



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