Passo a explicar. Para tal, servir-me-ei das palavras de Fernando Savater, filósofo e grande pedagogo espanhol, no seu livro "O Valor de Educar" [pp.52-54]. São elas que melhor dirão dos objectivos & intenções deste blogue. Ei-las:
«Em linhas gerais, a educação, orientada para a formação da alma e para a transmissão do respeito pelos valores morais e patrióticos foi sempre considerada de um nível superior ao da instrução, destinada a dar a conhecer competências técnicas ou teorias científicas. (...)
Em contraposição, educação versus instrução, parece hoje notavelmente obsoleta e bastante enganadora. (...). Sucede ainda que separar a educação da instrução se mostra não só indesejável, mas igualmente impossível, uma vez que não se pode instruir sem educar e vice-versa. Como poderemos transmitir valores morais ou de cidadania sem recorrermos a informações históricas, sem termos em conta as leis em vigor e o sistema de governo estabelecido, sem falarmos de outras culturas e países, sem reflectirmos, por elementarmente que seja, sobre a psicologia e a fisiologia humanas ou em empregarmos algumas noções de informação filosófica? E como poderemos instruir alguém em matéria de conhecimentos científicos, se não lhe inculcarmos o respeito por valores tão humanos como a verdade, a exactidão ou a curiosidade?». Ah e também de Pitágoras «eduquemos as crianças e não será necessário castigar os homens»

Coragem... pequeno soldado do imenso exército. Os teus livros são as tuas armas, a tua classe é a tua esquadra, o campo de batalha é a terra inteira, e a vitória é a civilização humana" (Amicis, Edmondo in Cuore)

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

ESPIRITUALIDADE: Jovens e fé: Escutar mais e julgar menos, falar de misericórdia e abrir horizontes

«Penso que é possível ter uma relação com Deus prescindindo da Igreja (…), por isso não creio que seja necessário ir forçosamente à igreja todos os domingos.» A voz desta jovem, entrevistada no âmbito de um inquérito sobre jovens e fé, exprime o sentimento profundo de muitos dos seus coetâneos. O documento de trabalho do próximo Sínodo dos Bispos usa o termo "variedade" para expressar os diversos percursos e reconhece que os jovens estão «abertos à espiritualidade, mesmo que o sagrado esteja muitas vezes separado da vida quotidiana». É esta a separação que a Igreja é chamada a suturar, não colocando um remendo sobre o rasgão, mas com «a roupa nova» da empatia, da escuta e da proximidade. Para saber mais clicar AQUI.

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