Passo a explicar. Para tal, servir-me-ei das palavras de Fernando Savater, filósofo e grande pedagogo espanhol, no seu livro "O Valor de Educar" [pp.52-54]. São elas que melhor dirão dos objectivos & intenções deste blogue. Ei-las:
«Em linhas gerais, a educação, orientada para a formação da alma e para a transmissão do respeito pelos valores morais e patrióticos foi sempre considerada de um nível superior ao da instrução, destinada a dar a conhecer competências técnicas ou teorias científicas. (...)
Em contraposição, educação versus instrução, parece hoje notavelmente obsoleta e bastante enganadora. (...). Sucede ainda que separar a educação da instrução se mostra não só indesejável, mas igualmente impossível, uma vez que não se pode instruir sem educar e vice-versa. Como poderemos transmitir valores morais ou de cidadania sem recorrermos a informações históricas, sem termos em conta as leis em vigor e o sistema de governo estabelecido, sem falarmos de outras culturas e países, sem reflectirmos, por elementarmente que seja, sobre a psicologia e a fisiologia humanas ou em empregarmos algumas noções de informação filosófica? E como poderemos instruir alguém em matéria de conhecimentos científicos, se não lhe inculcarmos o respeito por valores tão humanos como a verdade, a exactidão ou a curiosidade?». Ah e também de Pitágoras «eduquemos as crianças e não será necessário castigar os homens»

Coragem... pequeno soldado do imenso exército. Os teus livros são as tuas armas, a tua classe é a tua esquadra, o campo de batalha é a terra inteira, e a vitória é a civilização humana" (Amicis, Edmondo in Cuore)

sexta-feira, 8 de abril de 2016

ENSINO: E o tempo livre, senhores?

"Contando com o caminho de casa para a escola, e vice-versa, haverá crianças que passam 13 horas por dia (mais ou menos) em relação com o seu espaço de trabalho.
Se aos adultos são admitidos sintomas de burnout (que se traduzem em exaustão e sentimentos de confusão em relação a si e aos outros) que interferem com toda a sua vida, quando trabalham demais, e se se tem como provado que 55 horas de trabalho por semana aumenta, em relação a eles, o risco de enfarte, porque é que, ainda assim, tantas horas de trabalho e de aprendizagem são saudáveis ou inócuas para as crianças?
E porque é que não merecem reservas? E porque é que tem de ser o horário de escola de muitas crianças a adequar-se aos horários de trabalho dos pais e não o contrário? E onde está o empenhamento de todos nós para se encontrarem alternativas (no direito do trabalho relativo aos seus pais, por exemplo)?
E porque é que, quando crianças se desligam da escola, não se fala de exaustão mas, antes, surgem, como "sobretaxa", os défices de atenção?"


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