Passo a explicar. Para tal, servir-me-ei das palavras de Fernando Savater, filósofo e grande pedagogo espanhol, no seu livro "O Valor de Educar" [pp.52-54]. São elas que melhor dirão dos objectivos & intenções deste blogue. Ei-las:
«Em linhas gerais, a educação, orientada para a formação da alma e para a transmissão do respeito pelos valores morais e patrióticos foi sempre considerada de um nível superior ao da instrução, destinada a dar a conhecer competências técnicas ou teorias científicas. (...)
Em contraposição, educação versus instrução, parece hoje notavelmente obsoleta e bastante enganadora. (...). Sucede ainda que separar a educação da instrução se mostra não só indesejável, mas igualmente impossível, uma vez que não se pode instruir sem educar e vice-versa. Como poderemos transmitir valores morais ou de cidadania sem recorrermos a informações históricas, sem termos em conta as leis em vigor e o sistema de governo estabelecido, sem falarmos de outras culturas e países, sem reflectirmos, por elementarmente que seja, sobre a psicologia e a fisiologia humanas ou em empregarmos algumas noções de informação filosófica? E como poderemos instruir alguém em matéria de conhecimentos científicos, se não lhe inculcarmos o respeito por valores tão humanos como a verdade, a exactidão ou a curiosidade?». Ah e também de Pitágoras «eduquemos as crianças e não será necessário castigar os homens»

Coragem... pequeno soldado do imenso exército. Os teus livros são as tuas armas, a tua classe é a tua esquadra, o campo de batalha é a terra inteira, e a vitória é a civilização humana" (Amicis, Edmondo in Cuore)

sábado, 23 de junho de 2012

Três em cada 10 professores têm um esgotamento

Trinta por cento dos professores enfrentam um esgotamento associado a elevados níveis de ansiedade e depressão, revela um estudo realizado por duas investigadoras do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA).
O estudo demonstra que são os docentes do ensino secundário que apresentam valores superiores nos níveis de stress e que têm mais tempo de carreira.

“Nesta amostra, os professores que estão em esgotamento ou ‘burnout’ [distúrbio psíquico de carácter depressivo] são professores mais velhos na carreira, efectivos, que já passaram por algumas reformas, por algumas políticas, umas vezes com mais motivação e outras com menos e que, neste momento, estão cansados. Além disso, são professores que têm bastante experiência profissional e são professores do ensino secundário”, explicou à Renascença Ivone Patrão, uma das investigadoras deste estudo.
As causas que levam a esta situação são várias, nomeadamente, a sensação de perda de prestígio da profissão de professor, questões burocráticas e relacionadas com a indisciplina e desmotivação dos alunos.
Os professores do ensino primário ou básico, uma parte deles, também sofre de esgotamento, mas por razões específicas, como o facto de serem “o pilar, o único professor”. “São eles que têm que estar em contacto diário com os alunos, com os pais, e são eles que têm que fazer toda a gestão da sala de aula, sublinha Ivone Patrão.
As investigadoras recomendam a intervenção na promoção da saúde mental dos docentes, porque o “professor é a chave” na universo escolar.
O estudo foi apresentado esta quinta-feira, em Lisboa, durante um colóquio internacional de psicologia e educação.

Ver mais em: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=67204

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